29/01/2025 — 03:09
  (Horário de Brasília)

Falsa terapeuta ocupacional é detida em Rio das Ostras

Operação flagrou mulher de 46 anos atuando com documentos falsificados em clínica local, nesta segunda-feira (27)

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Uma mulher de 46 anos, que se apresentava como terapeuta ocupacional sem formação ou registro legal para exercer a profissão, foi detida nesta segunda-feira (27), em Rio das Ostras. Ela atendia crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma clínica local, utilizando registros e diplomas falsos para validar a atuação. 

Segundo informações do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Estado do Rio, para iniciar o trabalho no local em que foi detida, a falsa profissional apresentou carteirinhas do Crefito-2 e do Crefito-4, de Minas Gerais. Mas o número do documento era vinculado a uma outra  profissional de São Paulo, que deu baixa no registro na década de 1990. 

Além do crime de exercício ilegal da profissão, a suspeita poderá responder por falsificação de documentos públicos e particulares, bem como por estelionato. Ela foi levada à delegacia, onde deverá responder pelos crimes.

“Casos como esse servem para reforçar um alerta a toda a sociedade, em especial pais e responsáveis de crianças com TEA sobre a importância de verificar a regularidade dos profissionais que realizam atendimentos terapêuticos. O Crefito-2 recomenda que sempre se questione o profissional sobre suas qualificações e número de registro no Conselho antes do primeiro atendimento”, aconselha o órgão. 

AUMENTO EM CASOS DE FALSOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS NO ESTADO

O Crefito-2 registrou em 2024 um aumento de 300% nos casos de falsos terapeutas ocupacionais no Estado do Rio de Janeiro. “Por isso, a importância de verificação prévia e de realização de denúncias pelo site do Conselho.”

“O papel do terapeuta ocupacional no atendimento de crianças e adolescentes autistas é fundamental. Porém, falsos profissionais têm cada vez mais tentado se aproveitar da demanda por esses cuidados”, diz o Dr. Wilen Heil e Silva, presidente do Conselho. “Isso é extremamente perigoso e pode comprometer seriamente a evolução dessas crianças”, completa.

Kauã Barreto
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