O ex-deputado David Miranda (PDT), faleceu aos 37 anos, na madrugada desta terça-feira (9), no Rio de Janeiro. O político deixa o marido, Glenn Greenwald, e três filhos.
O deputado se internou em agosto de 2022 para tratar, inicialmente, de uma infecção gastrointestinal. No entanto, o quadro evoluiu para sepse, devido a infecções sucessivas.
David Miranda foi vereador pelo PSOL do Rio de Janeiro de 2017 a 2019 e se elegeu em 2018 para o cargo de deputado federal, após a desistência de Jean Wyllys. Na Câmara, foi membro das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, de Cultura e de Legislação Participativa.
Combativo, Miranda ajudou a ecoar a causa LGBT pelo Brasil.
Seus ex-colegas de PSOL, deputados Guilherme Boulos e Ivan Valente, lamentaram sua morte nas redes sociais. Assim como o presidente Lula (PT). O chefe do Executivo declarou que David era “um jovem de trajetória extraordinária que partiu cedo demais”.
Durante as últimas eleições, o marido de Miranda retirou a candidatura do parlamentar à reeleição, já que ele estava na UTI.
“Ele iria fazer 38 amanhã. Sua morte, no início desta manhã, ocorreu após uma batalha de 9 meses na UTI. Ele morreu em paz, cercado por nossos filhos, pela família e por amigos”, escreveu Glenn nas redes sociais. O casal estava junto há 18 anos.
O velório de David Miranda será nesta quarta-feira (10), na Câmara Municipal de Vereadores, no Centro do Rio. Ainda não houve divulgação do horário do velório e nem o local do sepultamento.
David Miranda concedeu entrevista exclusiva ao Portal RC24h no ano passado
Em abril de 2022, David Miranda esteve em Cabo Frio para o evento de lançamento da pré-candidatura a deputado estadual de Janio Mendes (PDT). Na ocasião, o então parlamentar concedeu entrevista exclusiva ao Portal RC24h.
Na entrevista, ele falou sobre a mudança de partido do PSOL para o PDT, explicando que sua movimentação foi puramente ideológica. Nesse sentido, ele afirmou que levou em consideração a trajetória revolucionária do PDT e que queria resgatar essa história.
Miranda também comentou sobre a escolha do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB), condenado pelo Supremo Tribunal Federal por atos antidemocráticos, para a vice-presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
David Miranda alertou, na época, que o problema da política era que a maior densidade do que acontece não é acompanhada pelo povo brasileiro.