O deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) foi alvo, nesta quarta-feira (3), da mesma operação da Polícia Federal que prendeu o tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e realizou buscas na casa do ex-presidente da República em Brasília. A operação tem como objetivo investigar um suposto esquema de fraudes em cartões de vacinação contra a Covid-19.
Gutemberg foi um dos candidatos eleitos mais votado em algumas das cidades da Região dos Lagos, como Iguaba Grande, onde recebeu 2.346 votos; Araruama, com mais de mil votos; e Arraial, ultrapassando os 500 votos.
Assim como Bolsonaro, Reis foi alvo de um mandado de busca e apreensão, e fontes da PF afirmam que o cartão de vacinação do parlamentar também teria sido adulterado em relação à vacina contra a Covid-19.
Gutemberg Reis é irmão do ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ), Washington Reis (MDB). O então prefeito deixou o cargo em 2022 para tentar ser candidato a vice do governador Cláudio Castro (PL), mas acabou preterido.
BUSCAS NA CASA DE BOLSONARO E SEIS PRESOS
Na manhã desta quarta-feira (3), a Polícia Federal realizou uma operação que teve como alvo a casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília e prendeu o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa; o sargento Luis Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid; o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros; o policial militar Max Guilherme, que atuou na segurança presidencial; o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro; e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes dentro do inquérito das “milícias digitais” que já tramita no Supremo Tribunal Federal.
Segundo a PF, a investigação apura um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, com o objetivo de emitir certificados de vacinação e burlar as restrições sanitárias impostas pelos poderes públicos destinadas a impedir a propagação da doença.
Entre os dados falsificados estariam os certificados de vacinação de Jair Bolsonaro; da filha do ex-presidente, Laura Bolsonaro, hoje com 12 anos; do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa; da esposa e da filha dele. Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.
Além da casa de Bolsonaro, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em outras localidades em Brasília e no Rio de Janeiro. Todos os seis presos já tiveram as prisões preventivas cumpridas.
Bolsonaro deve prestar depoimento à Polícia Federal em Brasília ainda nesta quarta-feira, mas a defesa do ex-presidente pediu o adiamento. A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.
Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.