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Operação de combate ao tráfico internacional de drogas da PF tem alvo em Cabo Frio

Operação Shipping Box desarticula organização criminosa instalada no sul do País, voltada à prática do crime de tráfico internacional de drogas através de portos

Cabo Frio está entre as cidades investigadas por uma operação da Polícia Federal, com apoio da Receita Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira (10). Chamada de “Shipping Box”, a operação tem o objetivo de desmantelar uma grande organização criminosa instalada no sul do País, voltada à prática do crime de tráfico internacional de drogas, notadamente por meio da remessa de grandes cargas de cocaína a partir de diversos portos do Brasil.  

Além de Cabo Frio, cerca de 250 policiais estão cumprindo 34 mandados de prisão e 50 mandados de busca e apreensão, em 15 cidades nos estados de Santa Catarina (Joinville, Itapoá, Jaraguá do Sul, São Francisco do Sul, Itajaí, Navegantes, Balneário Piçarras, Barra Velha, Itapema, Canelinhas e Criciúma), Paraná (Paranaguá), Rio Grande do Sul (Rio Grande), e São Paulo (Mogi Mirim).

Durante as investigações, foram apreendidas aproximadamente 6 toneladas de cocaína e presas 8 pessoas em flagrante delito.  Ainda não há informações sobre apreensão no município.

A investigação teve início após servidores da Receita Federal realizarem a apreensão de 600.5 kg de cocaína no Porto de Itapoá em janeiro de 2020. Após o envio das informações à Polícia Federal, iniciou-se a apuração dos responsáveis pelos envios, com a descoberta de uma organização criminosa com integrantes residentes em sua maioria na região Sul.

Organização usava portos para recebes drogas

Conforme foi investigado pela PF, para embarcar as drogas, a organização criminosa se valia de vários expedientes, como a cooptação de funcionários dos portos para facilitar a entrada do entorpecente, a criação de compartimentos falsos em caminhões para transporte de traficantes e cargas de drogas para dentro do ambiente portuário e até a criação de empresas de logística de carregamento e transporte de contêineres para atrair a exportação de cargas lícitas que ensejassem a oportunidade de enxerto e embarque de cocaína. Parte das cargas de cocaína que vinham da Bolívia eram inseridas em contêineres a bordo de navios para a Europa, outra parte era pulverizada para abastecer organizações criminosas dedicadas ao tráfico para consumo interno.    

Dando cumprimento à diretriz da PF no sentido da desarticulação patrimonial do crime organizado, estão sendo sequestrados 68 veículos, 23 imóveis e 2 embarcações, bem como sendo realizado o bloqueio de 30 contas bancárias de vários investigados. A PF já detectou, em meio ao tráfico, indicativos de um esquema de lavagem de dinheiro por alguns dos investigados através da constituição de empresas fictícias e aquisição de ativos como ouro e até mesmo de criptomoedas. 

Nos autos do inquérito policial instaurado para a completa apuração dos fatos, os investigados responderão pelos crimes de tráfico de drogas (art. 33 da Lei nº 11.343/06) e formação de organização criminosa (art. 2º da Lei nº 12.850/13), cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de reclusão.

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