O Hospital São José Operário, que fica no bairro São Cristóvão, em Cabo Frio, segue causando polêmica entre os pacientes e moradores. Em nova denúncia sobre o local – em menos de uma semana -, Altamir Marques Figueira, que sofreu um acidente de bicicleta, relata que sofreu ameaças e identificou fezes no chão do banheiro, além de presenciar enfermeiros atendendo sem máscara. A situação virou caso de polícia.
Conforme relato, o paciente, ao realizar reclamações à administração da unidade sobre o ‘descaso’ no local, como o mesmo afirma, está recebendo punições. “Por denunciar vários casos de sujeira, falta de ar condicionado, entre outros, estou desde ontem (terça-feira, 31) sem receber medicação”, disse, indignado.
E as reclamações, que são justificáveis, não são poucas. Imagens feitas pelo próprio Altamir mostram enfermeiros tratando de pacientes sem máscara de proteção e fezes no chão do banheiro. Ele afirma que tudo isso é um ‘grande descaso’ com a população.
“Fezes no chão do banheiro e funcionários atendendo sem máscara são coisas normais por aqui. O descaso é grande. Funcionários transitam livremente (sem máscara) pelas dependências do hospital, (…), a imundice é grande! Depois da última reportagem melhorou muito, mas o descaso com os pacientes é muito grande”, pontua.
Só que, ao realizar nova denúncia à administração do hospital, a revolta se transformou em receio. Após o novo relato, conforme conta, ouviu a seguinte frase de uma enfermeira: “se o plantão anterior foi ruim, você não imagina como serão os próximos dias”. Com essa afirmativa, o homem se sentiu ameaçado e chamou a polícia.
“Não sei o que pode acontecer, vai que eles me dão um ‘boa noite cinderela’ (…), ainda não chegaram, mas já chamei três vezes”, diz. Até o momento, o denunciante afirma que a PM ainda não compareceu na unidade.
Além disso, em uma das discussões acalarodas com a administração, um dos funcionários teria ameaçado pegar o celular de Altamir, para que o mesmo não realizasse mais denúncias. “Ele estava todo altivo, dizendo que ia pegar o telefone. Falei que se pegasse o meu, iria ter que pegar o de todos os pacientes do hospital”, conta o paciente, transtornado.
A reportagem entrou em contato com a PM e Prefeitura para saber o que está acontecendo e quais providências serão tomadas acerca do caso. Até o momento, nenhum dos dois deu retorno.
Ludmila Lopes
Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.
É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.