Durante as décadas de 1950 a 1970, Maricá foi o maior produtor de camarões do estado do Rio de Janeiro. Em 2023, a cidade voltou a ser protagonista da produção do alimento com a inauguração do Centro de Inovação em Aquicultura de Maricá (Ciamar), na Fazenda Pública Joaquín Piñero, no Espraiado. Com essa justificativa, foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na última quarta-feira (23), um projeto de lei que declara o município de Maricá como a Capital da Aquicultura.
O projeto de lei nº 1180/2023 tem autoria do Deputado Estadual Renato Machado e cita o cultivo no Ciamar. O centro tem 10 tanques de 400 mil litros de água cada, com capacidade para produzir até 60 toneladas anuais de camarão e tilápias.
Para o coordenador do Ciamar, Khauê Vieira, o local possibilita a produção de camarões e peixes de maneira sustentável, oferecendo pescado e proteína de qualidade para a mesa dos maricaenses e da população do estado do Rio de Janeiro e do Brasil.
“É muito importante iniciativas como essa para valorizar a aquicultura e todas as ações que estão sendo feitas aqui no Ciamar e no Projeto Lagoa Viva, com produções sustentáveis. Estamos muito felizes de fazer parte desse marco importante para a cidade de Maricá”, disse Khauê.
Outras iniciativas
Além dos tanques de produção, o complexo inclui uma Fábrica de Rações. O local produz rações para alimentar os camarões e tilápias cultivados pelo centro.
Na Fazenda Nossa Senhora do Amparo, no Caju, 32 grandes tanques estão sendo construídos para abrigar criação de tilápias no Ciamar Tilápias. O local terá capacidade para produzir 24 toneladas por mês. A previsão de conclusão das obras é em novembro. Após essa fase, pescadores serão treinados para criar tilápias confinadas, replicando o modelo em unidades familiares.
O Ciamar é um projeto da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF).