Faltando cerca de duas semanas para o réveillon, as praias de Cabo Frio estão novamente tomadas por gigoias e taboas. As plantas são provenientes de água doce e geralmente chegam à região após ações em lagoas de Carapebus, no Norte Fluminense. Imagens mostram funcionários dos quiosques retirando a vegetação da faixa de areia da Praia do Peró.
Isso acontece há pelo menos três anos, sempre nessa mesma época, e altera completamente o visual das praias da região. Apesar das plantas não serem tóxicas, elas trazem um enorme transtorno e interferem diretamente no turismo local, principalmente por surgirem no período em que as cidades são mais procuradas por visitantes.
Em 2019, a Prefeitura de Carapebus precisou abrir a barra das Lagoas de Carapebus e do Paulista, ambas dentro do Parque Nacional da Restinga de Jurubarita (PNRJ), depois que as ruas centrais da cidade ficaram alagadas com uma forte chuva. Na ocasião, as prefeituras de Cabo Frio e Arraial do Cabo entraram com ações na Justiça contra o município e agentes do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) fecharam as barras.
No início deste mês, Carapebus voltou a ser atingida por fortes chuvas e viveu o que chamou de “a pior calamidade natural de sua história”, tendo ficado completamente tomada pelas forças das águas. O fato pode ter novamente sido um motivo para ações emergenciais na lagoa que acabaram afetando novamente o ecossistema e interferindo no movimento das plantas.
As duas prefeituras foram questionadas, mas não retornaram até o encerramento desta matéria.