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Após pagar eutanásia, mulher descobre que clínica de Cabo Frio manteve seu cachorro vivo

Caso aconteceu em 2020 e, desde então, ela não teve acesso ao cachorro que, atualmente, tem 13 anos; estabelecimento se negou a comentar situação quando questionada

Parece novela, mas não é. Em Cabo Frio, uma mulher, que prefere não se identificar, levou seu cachorro, “Batucada” – de dez anos na época -, que estava doente, em 2020, para receber cuidados em uma clínica veterinária de renome do município. Após algum tempo, ela afirma que o o médico veterinário disse que o tratamento não estava adiantando e seria necessária a eutanásia, ato que proporciona ao animal uma morte sem dor. Ela pagou o procedimento, além da cremação, o que causou muito sofrimento, já que toda sua família era muito apegada ao pet. Contudo, após quatro meses, em abril de 2021, uma reviravolta aconteceu: sua colega passou no local e viu o cachorro, vivo e bem. O susto foi ainda maior quando percebeu que o cão estava para a adoção.

Após receber a informação, a dona foi até a clínica, para tentar pegar de volta o animal. Chegando lá, ela conseguiu confirmar: realmente era seu cachorro – o fato foi atestado por uma funcionária do local. Apesar disso, quando pediu para levá-lo para casa, os responsáveis pelo espaço alegaram que o bicho sofria maus tratos, por isso não seria devolvido.

Além disso, ela foi impedida de ver o animal, embora tenha implorado. Ainda na expectativa de reaver o cachorro, foi solicitado auxílio policial, mas não adiantou. A partir da situação, a mulher resolveu levar o caso para a justiça, já que, conforme alega, o cão não sofria maus tratos. De acordo com o advogado, por se tratar de uma “situação hollywoodiana”, a justiça optou por deixar o animal sob a guarda da clínica.

O processo, onde é alegado por ela apropriação indébita, corre desde então, há quase dois anos. De acordo com o advogado, ainda neste ano, eles tentaram descobrir se o animal ainda estava vivo, mas sem sucesso.

Sobre a situação, a clínica veterinária afirma que o caso está em processo judicial e a empresa resguarda o direito de não se pronunciar sobre os fatos. Disse, também, que o animal está vivo, mas que a situação envolve maus tratos e já passou por três juízes.

De acordo com o advogado, a clínica afirma que, na situação, os profissionais salvaram o animal e que houve abandono. E, ademais, na defesa, foi alegado, ainda, que a mulher está devendo todas as diárias do cão, desde a entrada até os dias de hoje, mesmo com o documento comprovando o pagamento da eutanásia e cremação.

A mulher, segundo o advogado, ainda tem esperança de reaver o animal, contudo, segundo afirma, a justiça é lenta, portanto, o que resta é aguardar. No momento, seu único desejo é saber se Batucada está vivo, ou ao menos vê-lo. Além do processo, ela também abriu um procedimento no Conselho de Ética de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro.

Apropriação indébita

Apropriação indébita é um crime em que uma pessoa pega para si determinado bem que pertence a outra pessoa. Nesse caso, o agente que comete o crime usa ou se apropria do item que não é seu ou tira proveito dele causando prejuízo ao verdadeiro dono. Esse tipo de delito tem como pena reclusão de um a quatro anos, além de multa.

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida e pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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