Nesta quinta-feira (19), funcionários da Estratégia Saúde da Família (ESF) do Parque Burle, em Cabo Frio, enfrentaram problemas de saúde relacionados à dedetização realizada no dia anterior. Segundo denúncia, em menos de 24 horas, a unidade voltou a funcionar.
Conforme relatos, uma funcionária, cuja identidade não foi divulgada, vomitou e apresentou dificuldade respiratória, precisando de atendimento médico. Além dela, outros trabalhadores da saúde também teriam manifestado sintomas semelhantes, principalmente falta de ar.
“Fomos obrigados pela coordenação a funcionar normalmente, sendo que não faz nem 24 horas que aplicaram o veneno. Passamos muito mal hoje”, relatou um colega da funcionária, que também preferiu não se identificar.
Os funcionários informaram que, além de a colega ter passado mal e sido medicada na UPA, foi necessário ameaçar denunciar o caso em uma rádio para que a coordenação decidisse fechar o posto nesta quinta-feira.
Diante dos fatos, o RC24h entrou em contato com a prefeitura, questionando sobre o ocorrido. Em resposta, o município informou o seguinte: “O ESF Parque Burle não está funcionando pois passou por uma dedetização. O local foi limpo, conforme orientação da vigilância ambiental. Nenhum funcionário está trabalhando na unidade que deve retornar ao funcionamento amanhã (20), após avaliação do setor responsável”.
Em locais de saúde, como hospitais, clínicas e postos de saúde, a dedetização deve seguir protocolos mais rígidos devido à presença de pacientes e pessoas vulneráveis. O tempo de desocupação geralmente varia entre 24 e 48 horas, dependendo dos produtos químicos utilizados e das áreas tratadas.
A recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ambientes de saúde é a utilização de produtos menos tóxicos e o monitoramento da qualidade do ar antes da reabertura ao público e funcionários.
Ludmila Lopes
Graduada em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há 4 anos e atua, desde 2022, como repórter no Jornal Razão, de Santa Catarina. É autora publicada, com duas obras de romance e quase 1 milhão de acessos nas plataformas digitais.
Vencedora do 6º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web. Pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco (UCB).
