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quinta-feira, setembro 19, 2024
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Policiais da Região dos Lagos são acusados de cobrar por registro de roubo na delegacia de São Pedro da Aldeia

Agentes informaram que seria necessário o pagamento de R$ 1 mil para que o registro do crime fosse realizado pela vítima

Em uma ação conjunta deflagrada nesta quarta-feira (7), a Corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), desencadearam a Operação Cinquecento, que investiga a conduta de dois agentes da 125ª Delegacia de Polícia de São Pedro da Aldeia (125ª DP) acusados de exigirem propina para registrar um boletim de ocorrência de roubo. Até o momento, um dos policiais foi preso.

Uma força-tarefa composta por integrantes da Corregedoria e do Gaeco cumpriu mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em diversos endereços. Ao todo, foram expedidos dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão, que tiveram como alvo São Pedro da Aldeia, Armação de Búzios, Saquarema e a capital fluminense. A sede da 125ª DP também foi um dos locais vistoriados durante a ação.

A investigação policial teve início há três meses, motivada por uma denúncia publicada na rede social TikTok.

Na plataforma, a vítima relatou o furto da motocicleta em Cabo Frio. Apesar do crime, a pessoa conseguiu recuperar o veículo por conta própria.

Ao procurar a delegacia para registrar o caso e regularizar a situação da moto, a vítima foi surpreendida pela exigência dos policiais.

Segundo o relato, os agentes informaram que seria necessário o pagamento de R$ 1 mil para que o registro do crime fosse realizado.

Pressionada, a pessoa acabou pagando R$ 500. Mesmo após o pagamento, o registro da ocorrência foi feito de forma irregular, classificando o fato como “apreensão de veículo” ao invés de “recuperação de bem roubado”.

A Corregedoria não somente confirmou a cobrança indevida dentro da delegacia, como também descobriu que a vítima foi alvo de coação posterior.

Inicialmente, os investigadores apuraram que um dos policiais determinou que o valor da propina fosse colocado na gaveta de uma mesa do setor de “Evidência de Armas”.

De acordo com a Corregedoria, após a publicação da denúncia no TikTok, os agentes envolvidos intimaram a vítima a retornar à delegacia, sob o pretexto de assinar documentos relacionados ao caso. No entanto, ao comparecer na distrital, a pessoa foi submetida a uma nova forma de coação.

Dentro da delegacia, a vítima foi pressionada a prestar um depoimento negando a exigência de propina pelos policiais.

A tentativa de coagir a vítima para alterar o relato serviu como uma forte evidência contra os policiais investigados, pois os nomes não haviam sido citados na denúncia feita na rede social.

Diante do quadro apresentado, os policiais civis foram denunciados pelo Gaeco pelos crimes de falsidade ideológica e corrupção passiva.

MTb 0022570/MG | Coordenadora de Reportagem  Site do(a) autor(a)

Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.

Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.

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