Durante a operação para identificação de bebidas adulteradas realizada nesta quarta-feira (8), em Rio das Ostras, a equipe da Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, interditou um depósito, localizado em Costazul, que fabricava gelo de forma ilegal, sem nenhuma autorização das autoridades competentes e sem as condições sanitárias satisfatórias.
De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde, Nirvana Braga, as fábricas de gelo clandestinas representam risco à saúde devido à falta de higiene, uso de água contaminada e condições precárias de trabalho, além de riscos de acidentes com substâncias químicas.
“As empresas e fábricas precisam, em primeiro lugar, ter o devido Cnae – Classificação Nacional das Atividades Econômicas – para atuar como fábrica de gelo. Ao operar sem as devidas licenças, as fábricas clandestinas estão sujeitas à interdição. A operação clandestina ignora as normas sanitárias e legais que garantem a segurança do gelo e a qualidade do ambiente de produção, o que pode colocar em risco a saúde dos consumidores”, declarou a coordenadora.
RISCOS – Os principais riscos na fabricação de gelo são a contaminação biológica (por bactérias, vírus e protozoários) e química (por resíduos de limpeza e pesticidas) por higiene inadequada e falta de manutenção, que podem transmitir doenças. Há também riscos ocupacionais aos trabalhadores, como lesões por esforço físico e exposição a produtos tóxicos, como a amônia usada em sistemas de refrigeração.
As equipes de fiscalização continuam fazendo operações que têm como objetivo proteger a saúde da população riostrense.
É importante ressaltar que os depósitos que contenham máquinas de gelo em funcionamento devem se legalizar ou parar de produzir, sob pena de interdição.