A Câmara de Macaé criou nesta terça-feira (24) a Comissão Especial de Inquérito (CEI), popularmente conhecida como CPI, para investigar o contrato da prefeitura com a BRK Ambiental, firmado em 2012. O presidente será Amaro Luiz (PRTB), o relator, Edson Chiquini (PSD), a titular, Iza Vicente (Rede) e os suplentes, Luiz Matos (Republicanos) e Reginaldo do Hospital (Podemos).
A votação a favor foi unânime. O presidente Cesinha (Pros) afirmou que trata-se de uma reivindicação de todos os parlamentares. “Vamos realizar um abaixo-assinado eletrônico e pedir também o apoio popular”. Segundo ele, o Executivo também tem muitas dificuldades em encaminhar soluções com a empresa. “Ela não tem responsabilidade com o município”.
Amaro Luiz, por estar na presidência da comissão, disse que não tecerá comentários sobre a concessionária, “para não ser antiético”. Iza falou em seguida. “Algumas coisas já ficaram claras, como a tendência de favorecer a zona sul da cidade. Agora teremos mais fatos para esclarecer a população e buscar respostas do Executivo”.
BRK é novo nome da Odebrecht
Já Chiquini afirmou: “A BRK recebe duas vezes, da administração municipal e dos usuários, mas o atraso do cronograma de obras é absurdo”. Ele também mencionou a prioridade à área nobre. E Luiz Matos complementou. “Se lá já estão fazendo um péssimo serviço, imagine quando forem para a Barra, a Nova Holanda e a Fronteira?”. Luiz Fernando (Cidadania) lembrou que BRK é um novo nome para a Odebrecht. “O modus operandi continua o mesmo”.
O Projeto de Resolução (PR) 010/2021 que cria a comissão foi proposto pela Mesa Diretora, a fim de melhorar o serviço prestado à população. Ele prevê que o resultado dos trabalhos seja apresentado em 90 dias, “prorrogáveis por igual período, caso necessário”. O prazo conta a partir da publicação, anunciada por Cesinha para esta quarta-feira (25).