Moradores do Braga, em Cabo Frio, relatam um aumento na comercialização de crack, com maior incidência em frente ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do bairro. Vídeos recentes mostram indivíduos utilizando drogas, brigando entre si e traficando livremente. Além disso, apontam comportamentos agressivos de pessoas em situação de rua, que estariam tentando extorquir os moradores para acessar suas próprias casas.
De acordo com os denunciantes, o problema afeta diversas localidades do bairro, incluindo a Rua Antonio Duarte Guimarães. “Ultimamente eles andam violentos, brigam, cobram dinheiro uns dos outros, e nós, moradores, ficamos de mãos atadas”, afirmou um denunciante.
Uma moradora, que também pediu para não ser identificada, relatou que teme pela segurança da família. “Tenho filhos pequenos, é difícil. Vez ou outra saio com eles na rua e nos deparamos com a pessoa usando droga. Nunca pensei que esse bairro se tornaria isso”, lamentou.
Os moradores afirmam que frequentemente acionam a Polícia Militar para intervenções, mas relatam demora no atendimento. Segundo eles, o tempo de espera permite que usuários e traficantes deixem o local antes da chegada dos agentes.
Diante dos fatos, o RC24h entrou em contato com a Polícia Militar, questionando quais medidas estão sendo tomadas para coibir a venda de drogas e garantir a segurança dos moradores do Braga.
Em resposta, a PM enviou a seguinte nota: “A Assessoria de Imprensa da SEPM informa que o comando do 25º BPM (Cabo Frio) intensificou o policiamento no local, assim como as abordagens e revistas.
Havendo constatação de flagrante delito, os envolvidos serão presos.
O comando da unidade também trabalha em conjunto com a delegacia da área no sentido de identificar e prender os envolvidos em tais crimes.
Cabe ressaltar que, em muitos casos, os crimes de furto são praticados por cidadãos em situação de vulnerabilidade nas ruas, num cenário composto por demandas que requerem a atuação de outros entes do poder público, atores estes que a Polícia Militar está sempre ao dispor para auxiliar de maneira conjunta.
Reforçamos ainda a importância do acionamento de nossas equipes diante de situações flagrantes via App 190 RJ e Central 190, assim como dos registros em delegacia, que são de extrema importância para a condução dos procedimentos investigativos”.
Ludmila Lopes
Graduada em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há 4 anos e atua, desde 2022, como repórter no Jornal Razão, de Santa Catarina. É autora publicada, com duas obras de romance e quase 1 milhão de acessos nas plataformas digitais.
Vencedora do 6º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web. Pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco (UCB).