Um tradicional taxista de Cabo Frio morreu de COVID-19 neste domingo (14). De acordo com amigos, Anselmo Aguiar, de 63 anos, não havia se vacinado, porque “achava que a vacina lhe causaria algum mal”.
Anselmo, que era morador do Peró, contraiu a doença, passou alguns dias internado, mas não resistiu às complicações causadas pelo coronavírus.
Nesta segunda-feira (14) haverá um cortejo fúnebre realizado pelos taxistas como última homenagem. O ponto de encontro é no posto de gasolina na Av. Wilson Mendes, próximo ao prédio da InterTV.
Como Anselmo morreu por ter contraído o coronavírus, não poderá ter velório.
Mortes de não vacinados
Uma filtragem feita pelo DIA nos dados abertos do sistema federal Sivep-Gripe do SUS indicam mais uma confirmação de que as vacinas contra a covid-19 protegem a população contra óbitos, hospitalizações e casos graves da doença. No mês de agosto, das 4.353 pessoas que foram hospitalizadas com problemas relacionados à síndrome gripal e síndrome gripal aguda grave (SRAG) em todo o Estado do Rio, apenas 1.468 pessoas informaram terem sido vacinadas com a primeira ou segunda dose da covid-19. Isso significa que 66% de todos os que deram entrada nos hospitais fluminenses não confirmaram se receberam a vacina e podem não ter se imunizado.
Se forem considerados todos os 4.353 fluminenses hospitalizados registrados no sistema Sivep-Gripe, apenas 903 informaram ter tomado duas doses da vacina. O número equivale a 20% do total de pessoas que tiveram problemas respiratórios e podem ter precisado de internação médica.
A filtragem dos dados brutos possuem uma margem relativa de imprecisão e erro, mas a mesma lógica que indica o poder de proteção da vacina se repete quando a análise é feita em outros municípios fluminenses.
