Um barco-táxi com oito pessoas naufragou na manhã deste domingo (5) na Ilha do Japonês, em Cabo Frio. O caso ocorre há menos de uma semana de um incidente parecido em Arraial do Cabo, onde uma embarcação, também um táxi marítimo, afundou entre a Prainha do Pontal do Atalaia e a Praia dos Anjos.
De acordo com a prefeitura de Cabo Frio, não houve registro de vítimas e os envolvidos foram socorridos “com total celeridade no local”. O município também informou que “a embarcação estava legalizada para a prestação do serviço na cidade”, mas destacou que a fiscalização “é realizada pela Guarda Marítima e Ambiental e pela Capitania dos Portos, sob a responsabilidade da Marinha do Brasil”.
A ocorrência está sendo investigada pelas autoridades competentes, assim como o incidente registrado em Arraial do Cabo na última quinta-feira (2). Na situação, segundo a Marinha do Brasil, “a documentação da embarcação estava regular e um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi instaurado para investigar as circunstâncias do naufrágio e apurar responsabilidades”.
Na situação, o barco, segundo relatos, estava transportando 30 pessoas, embora a capacidade máxima fosse de 24. Além do excesso de passageiros, muitos não utilizavam coletes salva-vidas, colocando as vidas em risco.
Sobre o caso, a Marinha do Brasil enviou a seguinte nota:
“A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval (Com1°DN), informa que a Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio (DelCFrio) recebeu a informação, na manhã de ontem (5), que a embarcação “FISH SEA I”, empregada no serviço de táxi marítimo, naufragou no canal do Itajuru, em Cabo Frio.
A DelCFrio prontamente encaminhou uma equipe de Inspeção Naval (IN) para efetuar o resgate dos oito tripulantes que estavam a bordo, o condutor e mais sete passageiros. Todos foram socorridos sem ferimentos e não precisaram ser hospitalizados. Além disso, o táxi foi reflutuado e retirado do canal, não sendo constatada poluição hídrica no local.
Um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) será instaurado para apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades. Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha, para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei n° 2.180/54.
Cabe ressaltar que a Marinha incentiva e considera importante a participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e fluviais, além de pedidos de auxílio), (21) 2104-6119 e (21) 97515-7895 (diretamente com o Com1ºDN, para outros assuntos, inclusive denúncias)”.
Ludmila Lopes
Graduada em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há 4 anos e atua, desde 2022, como repórter no Jornal Razão, de Santa Catarina. É autora publicada, com duas obras de romance e quase 1 milhão de acessos nas plataformas digitais.
Vencedora do 6º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web. Pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco (UCB).