Cerca de 60 jornalistas de várias regiões do Estado se reuniram num restaurante de São Francisco, em Niterói, para divulgar o Manifesto de apoio à Democracia, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à chapa Lula – Alckmin. O documento, que já foi assinado por mais de cinco mil jornalistas, está na rede social com o link: Assine o #ManifestoDosJornalistas.
A escrita destaca o compromisso com a veracidade das informações. “Como jornalistas com o compromisso ético de perseguir e publicar a verdade, estamos indignados com o grande fluxo de notícias falsas produzidas com o objetivo deliberado de fraudar a decisão livre do eleitor neste segundo turno da disputa presidencial”, realça o documento.
Convidado para o encontro, o prefeito de Niterói, Axel Grael, elogiou a iniciativa dos jornalistas. “O povo brasileiro decidirá no domingo pela sustentação e avanço da democracia, pelo fortalecimento das instituições, pela liberdade e pelo combate as fake News”, afirmou o chefe do Executivo niteroiense.
Presentes, entre outros, Mariane Thamstem, chefe de Gabinete e também jornalista; Leonardo Caldeira, coordenador de Imprensa na campanha de Rodrigo Neves ao Governo do Estado; Fernando Stern, Coordenador de Mídia Digital da PMN; o jornalista Renato Guimarães, representante da Baixada Fluminense; Dulce Tupy e Edmilson, representantes da Região dos Lagos; Evaldo Nascimento, representante da Baixada Litorânea; Oswaldo Maneschky, ex-diretor da Associação Brasileira de Imprensa – ABI; Continentino Porto, representante do Sindicato junto à Federação Nacional de Jornalistas-Fenaj; Célio Pimentel, representante da Região Metropolitana.
O Manifesto dos Jornalistas foi apresentado ao prefeito Axel Grael por Dulce Tupy, ao fazer a leitura do documento, e pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, o jornalista Mário Sousa. O documento será entregue ao candidato Lula, por um dos coordenadores de campanha do ex- presidente , o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.
Mário Sousa, presidente do Sindicato, lembrou que quase todo dia ele como jornalistas e todos colegas levam tapa na cara de Bolsonaro, que agride sistematicamente os jornalistas, principalmente, as mulheres jornalistas.
“ A violência contra os jornalistas no País, segundo relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), aumentou mais de 100” com Bolsonaro. Ou nós caminhamos para a civilização ou nos afundamos na perversidade e na bárbarie bolsonarista”, destacou Mário.
Leia o ‘Manifesto de apoio à democracia, ao TSE e à chapa Lula-Alckmin’ completo:
Como jornalistas com o compromisso ético de perseguir e publicar a verdade, estamos indignados com o grande fluxo de notícias falsas produzidas com o objetivo deliberado de fraudar a decisão livre do eleitor neste segundo turno da disputa presidencial.
Repudiamos toda e qualquer forma de censura e não admitimos que a liberdade de expressão seja distorcida para permitir a prevalência de mentiras na campanha eleitoral. Também vemos com apreensão que concessões públicas de rádio e TV sejam usadas em favor de uma candidatura. Por isso apoiamos o esforço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para coibir a interferência danosa das fake news nas eleições, respeitados os limites da Constituição e da lei.
Bolsonaro tem uma trajetória associada à violência desde os anos 1980, com o plano de explodir bombas em quartéis que o levou à prisão. Ele e os filhos têm conexões com Adriano da Nóbrega, apontado como miliciano pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). O clã foi acusado por ex-funcionários de obrigar servidores a lhes entregar grande parte dos salários. Desde os anos 1990 a família comprou 107 imóveis e pagou quase a metade em dinheiro vivo.
Bolsonaro defende a ditadura, a tortura e o assassinato de opositores. Ofende as cidadãs e os cidadãos negros, indígenas, nordestinos e LGBTQIA+. Acha natural sentir atração sexual por meninas de 14 anos. Mostrou-se desumano diante da dor dos brasileiros na pandemia. Foi incompetente na economia e a fome voltou. Desprezou a ciência, o meio ambiente, a cultura e a educação.
Bolsonaro destruiu instrumentos de transparência e de combate à corrupção. Comprou o apoio do Congresso com o orçamento secreto, elevando a níveis inéditos o desvio de recursos públicos. Com o uso ilegal da máquina pública Bolsonaro ilude muitos, mas não os jornalistas dignos desse nome. Daí sua fúria contra nós, dirigida sobretudo às colegas mulheres.
É um presidente que prega abertamente a desobediência a decisões da Justiça e que incentiva a população a se armar, contribuindo assim para enfraquecer as instituições republicanas e estimular a violência.
Nós, jornalistas que defendemos uma comunicação democrática inclusiva e que respeite os valores da diversidade e da igualdade étnico-racial, recomendamos o voto em Lula e Alckmin nesta eleição em que a nossa democracia está em jogo.
Lula já demonstrou suas qualidades como gestor e provou sua inocência após injusto massacre judicial. Nada tem de comunista, como alardeiam seus inimigos. É um conciliador, que conta com o apoio de trabalhadores e da parcela mais lúcida do empresariado e da intelectualidade do país.
Reiteramos o apoio ao TSE e cobramos das grandes plataformas digitais maior empenho no combate às fake news para termos eleições limpas, livres e seguras. Com a ampla aliança conduzida por Lula e Alckmin, reencontraremos a paz, o desenvolvimento e, fundamental para a sobrevivência do jornalismo, teremos a garantia de que a democracia sobreviverá!