Uma ocorrência policial sobre um “baile funk” irregular na Praia do Siqueira, em Cabo Frio, na madrugada deste domingo (3), está gerando discussões nas redes sociais. Isso porque, de acordo com os responsáveis pelo evento, tratava-se, na verdade, de um show de pagode, e a Polícia Militar teria agido com extrema truculência durante a abordagem. A ação foi registrada por câmeras de segurança.
De acordo com a ocorrência policial, o fato foi registrado por volta das 4h20, quando, após denúncias de elementos armados na Praia do Siqueira, uma guarnição foi enviada ao local e, na Rua Lincon Garcia Guimarães, encontrou um “baile funk” não autorizado.
O logradouro estava fechado e os policiais teriam sido recebidos com disparos de arma de fogo, o que provocou um confronto. Diversos equipamentos foram apreendidos e encaminhados à 126ª Delegacia de Polícia (126ª DP) de Cabo Frio.
Os responsáveis pelo estabelecimento publicaram uma nota junto com um vídeo de segurança do local, classificando a atitude da Polícia Militar como “covarde”.
Segundo eles, ao contrário do relato divulgado pelas autoridades, tratava-se de um evento de pagode que ocorre quinzenalmente, e os policiais teriam chegado de forma truculenta. “Não chegaram e pediram para desmontar nada, dando vários tiros e ameaçando as pessoas que estavam no local, quebrando tudo e causando um enorme prejuízo para o estabelecimento… COVARDIA”, afirmam os responsáveis.
Há cinco dias, o estabelecimento postou nas redes sociais um convite ao público para o evento, perguntando: “Prontos para curtir mais um pagode? E ‘mto’ funk nos intervalos…”.
O RC24h entrou em contato com os responsáveis pelo estabelecimento, questionando sobre a autorização para a realização do evento e sobre os disparos contra os policiais, mas não obteve resposta.
A reportagem também procurou a Polícia Militar sobre a denúncia de “abuso de autoridade” e truculência na abordagem. Em resposta, as autoridades orientaram que o estabelecimento formalize a denúncia através dos canais oficiais da PM, “para que um procedimento apuratório seja instaurado e as devidas verificações sejam realizadas”.
A Prefeitura foi questionada sobre a autorização do evento e está apurando a situação.
Ludmila Lopes
Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.
É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.