O programa Renata Cristiane Online, transmitido de segunda a sexta-feira pela Rádio RCFM 88,7, também em formato multiplataforma, recebeu nesta sexta-feira (7) o advogado eleitoral Pedro Canellas e a psicóloga criminalista e jurídica Jacqueline Serpa. O episódio abordou temas distintos, mas de grande relevância pública: o cenário político de 2026 e as implicações psicológicas do caso Rose Fit, que tem mobilizado a opinião pública na Região dos Lagos.
Durante a entrevista, Pedro Canellas analisou pré-candidaturas e regras eleitorais que devem marcar as próximas eleições. Um dos destaques foi a lembrança da apresentadora sobre a declaração de Eduardo Bolsonaro, que se colocou como pré-candidato à Presidência da República, no lugar de seu pai, Jair Bolsonaro, atualmente inelegível.
Canellas explicou que, apesar de residir nos Estados Unidos, Eduardo pode concorrer a um cargo no Brasil, mas classificou o cenário como “arriscado”, em razão das articulações políticas em torno do seu nome.
Em relação ao contexto local, o advogado comentou as situações dos ex-prefeitos de Araruama, Chiquinho e Lívia de Chiquinho, afirmando que ambos podem se candidatar, desde que atendam aos requisitos legais, algo que só será confirmado no momento do registro da candidatura. Ele criticou, contudo, o modelo atual de verificação da elegibilidade dos candidatos.
“A análise acontece apenas durante o período eleitoral. É por isso que temos tantas eleições suplementares e problemas de segurança jurídica na região”, afirmou.
O advogado defendeu ainda a aprovação de um novo código eleitoral, no qual o registro das candidaturas seria realizado em março, permitindo uma análise prévia das condições legais dos postulantes antes do início oficial da campanha.
Ao final da entrevista, Pedro participou do quadro “Like e Deslike”, no qual compartilhou preferências pessoais.
“O meu like vai para o meu filho, Daniel. O meu deslike vai para a sensação de insegurança que estamos sentindo.”
Na segunda parte do programa, a psicóloga Jacqueline Serpa tratou do caso Rose Fit, envolvendo a empresária Rose Rosa e o ex-companheiro Alexu Rosa, preso por tentativa de feminicídio. A especialista utilizou o episódio para discutir dependência emocional, relacionamentos abusivos e transtornos de personalidade, destacando como perfis narcisistas se relacionam com mulheres fortes e independentes.
“É muito comum que mulheres bonitas e empoderadas caiam em relacionamentos abusivos. Homens narcisistas buscam ofuscar mulheres admiráveis, e muitas vezes o autocuidado estético está ligado a mecanismos de fuga emocional”, explicou.
Jacqueline afirmou que Rose representa o perfil de mulher autoconfiante e bem-sucedida, o que desperta no agressor narcisista o desejo de controlar e desvalorizar.
“O narcisista passa a culpabilizar a mulher ao mesmo tempo em que enaltece a si mesmo. Alexu demonstra esse discurso narcisista e deixou feridas traumáticas e irreversíveis”, afirmou.
A psicóloga também criticou o sistema de Justiça, lembrando que um caso de feminicídio ocorre a cada seis minutos no Brasil, segundo dados nacionais. Ela relembrou ainda que o agressor já havia perseguido e agredido Rose anteriormente, além de ter atacado policiais no momento de sua prisão.
“Nada justifica uma agressão. Se o relacionamento não deu certo, termina. Você não pode simplesmente agredir e matar. A Justiça está falha, porque os agressores não permanecem presos”, declarou.
No quadro “Like e Deslike”, Jacqueline foi direta: “O meu like vai para a Rose Fit. O meu deslike vai para o psicopata que a agrediu”.





