Na tarde desta terça-feira (2), um protesto foi realizado por familiares da adolescente Maria de Fátima Syriaco, de 17 anos, morta no dia 24 de junho, um mês após passar por uma cesárea no Hospital da Mulher, em Cabo Frio (CLIQUE PARA LER A MATÉRIA). A manifestação ocorreu em frente à unidade de saúde.
Eles denunciam erro médico por parte do hospital e relatam que a jovem deu entrada no Hospital da Mulher somente com a pressão alta e que, três dias após o parto, recebeu alta. A família, no entanto, ao perceber que ela estava inchada, decidiu retornar com ela à unidade. Depois disso, Maria não voltou para casa.
Ao RC24h nesta terça-feira, a mãe de Maria de Fátima disse que o movimento, pacífico, teve como objetivo mostrar a sua indignação e de seus familiares e pedir justiça.
“Eu estou atrás de justiça, sim, porque eu quero saber o que realmente aconteceu com a minha filha. Se realmente houve erros médicos ou não, porque tudo indica que sim”, afirmou.
Assista:
O que diz a prefeitura
Procurada, a Prefeitura negou, em nota, a existência de qualquer perfuração provocada pela cesárea, destacando que “o diagnóstico da mesma era úlcera duodenal”.
Confira:
“A Prefeitura de Cabo Frio informa que a paciente M.F.S.R., de 17 anos, foi internada no Hospital da Mulher, no dia 22 de maio, com quadro de pré-eclâmpsia, sendo submetida a cesárea de urgência e deu à luz um bebê recém-nascido saudável, do sexo masculino.
A paciente evoluiu com melhora da pressão, sendo encaminhada para o alojamento conjunto e, como estava estabilizada, recebeu alta três dias após o parto.
Quando retornou à unidade, em 48 horas, apresentava infecção na ferida operatória. A equipe realizou a drenagem e iniciou o tratamento com antibiótico para terapia de amplo espectro.
Ainda assim, a paciente evoluiu com distensão abdominal, avaliada com tomografia e pela equipe de cirurgia geral. Como ela apresentava feridas nas pernas foi colhido material e enviado à biópsia.
Como M.F. S. R. não respondeu satisfatoriamente ao tratamento foi solicitada a transferência para o Hospital São José Operário. A paciente estava lúcida e orientada quando foi transferida. Na unidade passou por quatro cirurgias e não respondeu positivamente, vindo a óbito na semana passada.
A Prefeitura esclarece que não houve perfuração causada pela cesárea e o diagnóstico da mesma era úlcera duodenal.
O Governo Municipal lamenta profundamente a perda da paciente e garante que a equipe da Secretaria de Saúde usou todos os recursos possíveis para a recuperação da mesma”.