15/01/2025 — 21:06
  (Horário de Brasília)

Projeto incentivado pela Lei Paulo Gustavo oferece oficina de acessibilidade atitudinal em Cabo Frio

As ações coordenadas pelo intérprete de Libras, Pablo Moura, motivaram os participantes e integrantes do projeto com recursos da Lei Paulo Gustavo, através do Governo Federal, Ministério da Cultura e Governo do Estado do Rio de Janeiro

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Fazedores de cultura, professores, assistentes sociais, profissionais da área da saúde e estudantes participaram na última sexta-feira (24), da oficina de acessibilidade atitudinal, realizada pelos produtores do projeto Rua Cine Arte, na sede do Grupo Iguais, em Cabo Frio, que cedeu gentilmente o espaço para as atividades.

As ações coordenadas pelo intérprete de Libras, Pablo Moura, motivaram os participantes e integrantes do projeto, contemplado pelo Edital de Apoio aos Espaços do Audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, com recursos da Lei Paulo Gustavo, através do Governo Federal, Ministério da Cultura e Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Durante a oficina, o instrutor não só abordou uma série de ações, que visam dar voz e espaço para que grupos vulnerabilizados socialmente se tornem protagonistas, mas também realizou várias atividades com os participantes a fim de que eles possam contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e diversificada.

“Adorei participar desta oficina. Estou fazendo um curso de Libras, mas não me sinto segura para colocar em prática todo o conteúdo que estou aprendendo. Hoje, podemos praticar, brincar, participar de atividades interativas. Foi muito gratificante”, comentou a educadora Pauline Vianna, de São Pedro da Aldeia, que participou do evento para ampliar seus conhecimentos.

“Gratidão pela preocupação com a acessibilidade e inclusão”, disse outra participante.

A oficina é apenas parte de um projeto mais amplo, que tem o objetivo de transformar espaços públicos nas comunidades quilombolas de Cabo Frio em cenários de experiências cinematográficas com projeções gratuitas ao ar livre. Entre os filmes que serão exibidos para a população, estão: “Nosso Sonho”, que conta a história da dupla Claudinho e Buchecha; o curta “Meu Nome é Maalum”, uma animação infantil, que fala sobre uma menina negra brasileira, que nasce e cresce num lar rodeado de amor e referências afrocentradas; e “Malês”, filme dirigido por Antônio Pitanga, que apesar de ter sua estreia prevista apenas para o final do ano, será exibido em Maria Joaquina, no dia 6 de julho, durante uma sessão especial.

“O projeto visa levar o encanto do cinema para todos, especialmente aqueles que nunca tiveram a oportunidade de entrar em uma sala de cinema de verdade. Com duas exibições ao ar livre e filmes recém-saídos das salas de cinema, buscamos proporcionar momentos de diversão e cultura para todos “, explica Alexandra de Oliveira, produtora e coordenadora do projeto.

Além das exibições de cinema ao ar livre e da oficina de acessibilidade, o projeto prevê ainda visitas às escolas e a realização de 3 oficinas de audiovisual para jovens e adolescentes das comunidades. Durante essas oficinas, os instrutores irão trabalhar conceitos desde a pré-produção até a finalização de um filme, passando pelo roteiro, captação de imagens e edição. No final do curso, os participantes serão capazes de produzir seu próprio curta-metragem.

“Queremos que os participantes saiam das oficinas capacitados, sabendo transformar uma história em um vídeo”, explicou Marcelo Velloso, diretor do projeto.

O professor de Libras, Pablo Moura, responsável pela oficina de acessibilidade atitudinal, estará presente em todas as etapas do projeto, participando como intérprete durante os debates com o público após as sessões de cinema e também nas oficinas de audiovisual.

“Os idealizadores do projeto estão de parabéns, pois eles pensaram em promover a acessibilidade de todas as formas. Criaram folders para falar sobre os tipos de acessibilidade; materiais em Braille para cegos e pessoas com baixa visão; legendagem, audiodescrição e janela em Libras para os vídeos que serão desenvolvidos ao longo do projeto, assim como a minha participação como intérprete de Libras para os debates e as oficinas de audiovisual, para que possam atender o maior número de pessoas”, disse Pablo Moura.

Para acompanhar toda programação do projeto, os filmes que serão exibidos e a realização das oficinas, siga o Instagram do projeto @ruacinearte. 

Ludmila Lopes

Graduada em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há 4 anos e atua, desde 2022, como repórter no Jornal Razão, de Santa Catarina. É autora publicada, com duas obras de romance e quase 1 milhão de acessos nas plataformas digitais.

Vencedora do 6º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web. Pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco (UCB).

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