Nesta segunda-feira (1), o Projeto Cavalos-Marinhos, em parceria com a Prefeitura de Iguaba Grande, formou a primeira turma de “Guardiões dos Cavalos-Marinhos”. A iniciativa, realizada na praia de Cidade Nova, reuniu 31 crianças e adolescentes e marcou o encerramento de três meses de atividades dedicadas à valorização da Laguna de Araruama e da biodiversidade local.
Durante o curso, os participantes tiveram aulas sobre cultura e meio ambiente, visitaram o Espaço Educativo Cavalos-Marinhos, no Rio de Janeiro, e realizaram o primeiro mergulho de monitoramento na praia dos Ubás, na Laguna de Araruama.
A proposta é despertar nos jovens o interesse pela conservação dos cavalos-marinhos e pelo ecossistema da laguna, considerado essencial para a pesca, o turismo e o lazer da região.
Segundo Natalie Freret-Meurer, coordenadora do projeto, a iniciativa surgiu após estudos apontarem a redução da população de cavalos-marinhos na região.
“Queremos que os jovens se tornem multiplicadores da importância da laguna e da preservação desses animais”, explicou.
A programação da cerimônia incluiu atividades esportivas, como stand up paddle e vela, além do hasteamento da Bandeira Azul, símbolo de qualidade ambiental.
O Projeto Cavalos-Marinhos atua a mais de duas décadas no estado do Rio de Janeiro, associando pesquisa científica, conservação e educação ambiental. Nos últimos dois anos, seis áreas com presença da espécie foram monitoradas mensalmente, e mais de 100 pescadores receberam orientação. Oficinas também capacitaram mulheres caiçaras, agentes ambientais e professores.
Desde 2023, a iniciativa conta com apoio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, que fomenta ações voltadas para a proteção da fauna marinha e o fortalecimento da chamada Economia Azul.
Além do trabalho científico, o projeto promove campanhas de conscientização. A orientação é que, ao encontrar um cavalo-marinho vivo no mar, a população não toque no animal e informe o registro pelo site oficial.
Já em casos de animais feridos ou mortos, o contato deve ser feito pelo WhatsApp (21) 99379-6417.
A captura e comercialização da espécie são proibidas pela portaria 148/2022 do Ibama. Denúncias podem ser feitas pela Linha Verde, no telefone 0800 61 8080, ou às secretarias municipais de Meio Ambiente.
*Com informações do G1.
