Os trabalhadores, aposentados e pensionistas devem receber a primeira parcela do décimo-terceiro salário até sexta-feira (29). Este prazo, antecipado em razão de o dia 30 cair em um sábado, beneficia aqueles com carteira assinada, que têm direito ao equivalente a um mês de salário líquido, caso tenham atuado o ano inteiro. Quem atuou por menos meses recebe um valor proporcional, desde que cada mês considerado tenha mais de 15 dias trabalhados.
A primeira parcela corresponde a metade do salário bruto registrado em carteira, incluindo horas extras, adicionais e comissões. Para calcular, basta dividir o salário por 12 e multiplicar pelo número de meses trabalhados, utilizando o maior salário recebido no ano em caso de aumento. Essa parcela não sofre descontos de INSS ou Imposto de Renda. Por exemplo, para quem recebe R$ 5 mil, o valor será de R$ 2.500.
Já a segunda parcela, a ser paga até 20 de dezembro, considera os descontos de INSS e Imposto de Renda, além de pensões alimentícias, se aplicável. Nesse caso, o montante será menor. Com o mesmo salário de R$ 5 mil, o valor líquido da segunda parcela será de R$ 1.635,68, totalizando R$ 4.135,68 no ano.
O pagamento do décimo-terceiro deve injetar mais de R$ 321 bilhões na economia brasileira, representando 3% do PIB, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Aproximadamente 90 milhões de pessoas serão beneficiadas, incluindo trabalhadores formais, aposentados e pensionistas, o que corresponde a cerca de 60% da força de trabalho nacional.
De acordo com Mariel Angeli Lopes, economista e supervisora técnica do Dieese no Distrito Federal, a maior parte desse dinheiro é usada para compras de fim de ano e pagamento de dívidas. Contudo, o comportamento varia conforme a situação econômica. Em períodos de maior empregabilidade, há um aumento no consumo de bens duráveis. A especialista também enfatiza a importância da poupança, destacando programas de educação financeira como essenciais para o desenvolvimento econômico do país.
Apesar disso, ela alerta para a redução do número de trabalhadores formais, impulsionada por novas tecnologias e o estímulo ao empreendedorismo. Ainda assim, o comércio e o setor de serviços se destacam como os principais beneficiados pelo aumento de consumo durante esse período, gerando empregos temporários e movimentando a economia.
Ludmila Lopes
Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.
É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.