Após uma longa jornada de retorno, o prefeito de Macáe, Welberth Rezende (Cidadania), desembarcou no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (18). Ele integrava a comitiva de autoridades fluminenses que estava em missão oficial em Israel quando a tensão na região aumentou com a escalada dos ataques entre Israel e Irã.
Convidado pelo governo israelense, o prefeito participava de visitas técnicas para conhecer projetos voltados à segurança pública, tecnologia urbana e soluções de infraestrutura. No entanto, a programação foi interrompida por alertas de bombardeio que obrigaram o grupo a buscar refúgio em bunkers durante a madrugada.
Travessia internacional até o Brasil
Com o espaço aéreo israelense fechado e o clima de instabilidade crescente, os integrantes da comitiva optaram por uma rota terrestre até a Jordânia. De lá, seguiram por Tabuk (Arábia Saudita) e Doha (Catar), completando um itinerário de aproximadamente 51 horas até o Brasil.
O prefeito de Macaé, Welberth Rezende, compartilhou em suas redes sociais momentos do trajeto e agradeceu o apoio que recebeu durante o período. “Foi uma missão desafiadora, mas estamos de volta com segurança. Agora é retomar os trabalhos com ainda mais motivação para aplicar o que vimos em benefício da nossa cidade”, declarou.
Itamaraty reage à viagem
A missão internacional, no entanto, foi alvo de críticas por parte do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), que afirmou não ter sido informado previamente sobre a presença da comitiva no país. A pasta também reforçou que, desde 2023, não recomenda viagens a Israel por parte de autoridades brasileiras, devido à instabilidade na região causada pelo conflito com o Hamas.
Em nota, os integrantes da comitiva disseram que as autoridades brasileiras foram notificadas e manifestaram surpresa com o posicionamento do Itamaraty. Eles destacaram que a viagem teve caráter institucional e técnico, sem envolvimento político.
De acordo com o ministério, aproximadamente 12 mil brasileiros vivem atualmente em Israel. Uma eventual operação de retirada, caso necessária, dependeria de corredores terrestres seguros para países vizinhos — uma operação que exigiria articulação diplomática e condições mínimas de segurança.
Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.
Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.
