“Prefeita ladra” e “Livia roubou minha casa”: foi com esses dizeres que o local que vai abrigar a sede da secretaria de Educação de Araruama, no Centro, amanheceu nesta quarta-feira (2).
As pichações em tom de protesto são contra a prefeita Livia de Chiquinho (PP) e supostamente fazem menção ao escândalo da “farra” do Minha Casa, Minha Vida, que consiste na suposta distribuição irregular de unidades do Condomínio Dolce Vita, no bairro Areal.
Entre o o fim manhã e início da tarde, funcionários da prefeitura foram vistos cobrindo as pichações. Sobre o caso, a prefeitura emitiu uma nota afirmando que “pessoas ligadas à oposição estão inconformadas com o grande progresso de Araruama”.
Confira o que diz o município:
“Infelizmente pessoas ligadas à oposição estão inconformadas com o grande progresso de Araruama. São obras espalhadas por toda a cidade e isso deixa a oposição, que nunca fez nada pelo município, inconformada. Eles usam esse tipo de artifício para tentar aparecer, mas em breve essa obra será concluída e reconhecida como mais um verdadeiro sucesso. Afinal de contas, a gestora tem ótima aprovação, tanto que foi reeleita pelos moradores para o cargo”.
Lembre o escândalo da “farra” do Minha casa Minha vida
O Ministério Público Federal (MPF) moveu ação contra a prefeita de Araruama, Lívia Soares Bello da Silva – a Lívia de Chiquinho (PP) -, e outras 12 pessoas por praticarem ato de improbidade ao permitir e usufruir de unidades habitacionais em desacordo com a legislação pertinente no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV). Em detrimento de famílias carentes, entre outros, as filhas de secretária municipal, a assistente social da cidade e até o segurança particular da prefeita foram contemplados com as moradias populares no Condomínio Dolce Vitta.
Ludmila Lopes
Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.
É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.