A Polícia Civil de Cabo Frio (126ª DP) concluiu, nesta quinta-feira (13), a investigação sobre o caso do influencer Yure Camara Santos, conhecido nas redes sociais como “Yuri Magnífico”, que foi flagrado em vídeo segurando uma gaivota durante um passeio de barco nas proximidades da Ilha do Japonês, em Cabo Frio. O conteúdo, publicado em suas redes sociais no dia 10 de novembro, foi divulgado pelo portal RC24h, gerando grande repercussão e indignação entre internautas.
Segundo a Polícia Civil, a apuração foi iniciada de ofício após o vídeo ser noticiado pelo RC24h, que destacou o ato como possível crime ambiental. A partir das imagens, amplamente compartilhadas nas redes sociais, os investigadores conseguiram identificar o autor e qualificá-lo formalmente. O termo circunstanciado referente ao caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).
Durante o depoimento, Yure optou por permanecer em silêncio. O influenciador, que conta com mais de 189 mil seguidores, já possui outras quatro anotações criminais, incluindo uma prisão em flagrante anterior por lesão corporal. Agora, ele responderá pelo crime previsto no artigo 32 da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), que trata de maus-tratos, ferimentos ou abusos contra animais silvestres, domésticos ou exóticos.
A Polícia Civil destacou que a responsabilização penal de condutas como essa é fundamental para a prevenção de novos casos, especialmente em uma região turística como a Região dos Lagos, onde a preservação ambiental é um dos principais patrimônios locais.
Relembre o caso
No vídeo divulgado originalmente pelo RC24h, o influenciador aparece segurando a gaivota enquanto ri e pergunta aos amigos se deve soltá-la, em meio a gritos e risadas. Antes de libertar a ave, ele ainda a alimenta com alimentos inadequados. O episódio gerou forte reação nas redes sociais, com centenas de internautas exigindo punição pela conduta.
Na ocasião, o RC24h entrou em contato com a Prefeitura de Cabo Frio, que confirmou ter recebido a denúncia. Em nota, o município informou que a Guarda Civil Municipal estava apurando o caso, reforçando que é proibido tocar, alimentar ou manter contato com animais silvestres e que casos de maus-tratos devem ser denunciados à Polícia Civil ou pelo telefone 153.
O portal também procurou o influenciador para comentar o episódio. Na época, ele respondeu afirmando que “soltou o animal sem machucar”, declaração que não convenceu o público nem as autoridades ambientais.
Com a conclusão do inquérito, o caso segue agora para o Juizado Especial Criminal, onde o autor poderá ser processado por crime ambiental.





