O Governo do Estado realizou nesta terça-feira (16) a maior operação da história do Brasil contra o tráfico de animais silvestres, armas e munições. Batizada de Operação São Francisco e coordenada pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) com apoio da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), a ação mobilizou mais de mil policiais em diferentes regiões, incluindo a Região dos Lagos, além da capital, Baixada, Região Serrana, São Paulo e Minas Gerais.
O balanço foi expressivo: 47 pessoas presas, mais de 800 animais resgatados, além da apreensão de um fuzil, revólver, granadas, munições e material tático. A investigação, que durou um ano, identificou 145 criminosos ligados a facções que atuavam no tráfico de animais, armas e munições.
Na Região dos Lagos, a operação teve reforço estratégico: a 8ª Unidade de Polícia Ambiental (Upam) ficou responsável pelo patrulhamento ostensivo em cursos d’água, lagunas e portos da costa marítima, para combater crimes como contrabando, tráfico de animais, pessoas, pirataria marítima e pesca ilegal.
Segundo o governador Cláudio Castro, o objetivo é mostrar que “o Rio não vai recuar diante do crime organizado”. Já o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, destacou que a quadrilha atuava de forma estruturada, com caçadores, atravessadores e falsificadores, sendo responsável por um “corredor da morte” de animais retirados de seus habitats e transportados de forma cruel.
Os animais resgatados foram levados à Cidade da Polícia, onde recebem cuidados veterinários antes da reintrodução na natureza. A operação, que contou com apoio de diversas forças de segurança e órgãos ambientais, é considerada um marco no enfrentamento do tráfico de fauna no Rio de Janeiro, crime que ameaça diretamente a biodiversidade brasileira e impacta ecossistemas, inclusive os da Região dos Lagos.



