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Obras em escola de Cabo Frio preocupa moradores: ‘e o início do ano letivo?’

As aulas no município terão início no próximo dia 19 de fevereiro, contudo, alunos da Escola Municipal Evaldo Salles, no Peró, não sabem onde irão estudar, tendo em vista que a previsão de conclusão é em agosto

O ano letivo na rede municipal de ensino de Cabo Frio começa no dia 19 de fevereiro. Contudo, para pais e responsáveis de alunos da Escola Municipal Evaldo Salles, no Peró, essa data ainda é incerta, pois a unidade, que está passando por obras, não tem previsão de conclusão. Ao todo, 730 estudantes não fazem ideia de onde vão estudar neste início de ano.

De acordo com a prefeitura, as obras iniciaram oficialmente no dia 11 de dezembro. No entanto, funcionários da escola indicam que as atividades começaram efetivamente apenas nove dias depois. E, conforme denúncias, a população local já até mesmo “estaria acostumada com a “demora”, tendo em vista que a unidade enfrenta desafios estruturais desde 2022. À época, alunos chegaram a organizar um protesto reivindicando reformas, principalmente após a quadra desabar.

O diretor da Escola Municipal Evaldo Salles, Jefferson Justino, também apontou que, além do atrasos na licitação da obra. “Vieram aqui, fizeram uma reunião conosco, com o conselho escolar da nossa unidade no dia 3 de outubro, e já havia a expectativa de licitação da obra. Estávamos junto com a equipe de engenharia, formando o projeto. A obra deveria [ter sido] licitada em agosto, mas atrasou um pouco”, explicou Justino.

Para os pais e responsáveis, o início das obras foi bem-vindo, contudo, teve início em um período “ingrato”, devido à proximidade com o fim do ano letivo de 2023 e o início do de 2024. Agora, eles afirmam que não possuem perspectiva do que vai acontecer, pois “as obras não serão concluídas até o início das aulas, ou seja, os estudantes da [Escola Municipal] Evaldo Salles sequer sabem onde vão estudar”.

Ainda de acordo com o diretor, durante reunião com representantes da Secretaria de Educação, teria sido “prometido que os estudantes e funcionários não teriam obras e aulas ao mesmo tempo, considerando os transtornos que a unidade passou na época em que a quadra desabou”.

No entanto, a promessa de conclusão não foi cumprida e agora a comunidade escolar está sem um local definido para realocar os alunos. Inclusive, na placa em frente à escola, consta que a previsão do término das obras é em agosto.

O diretor pontuou, ainda, que, em outra reunião com a Secretaria de Educação, foram discutidas alternativas em relação às aulas presenciais. No caso, parte dos estudantes estudariam em um prédio anexo e outros com um modelo híbrido, mas ainda não há definição.

Justino também comentou sobre o ritmo das obras, destacando que o os trabalhos estão seguindo rapidamente, mas que, apesar disso, “não tem condições de receber os alunos no dia 7 de fevereiro”. “Precisamos de uma solução urgente”, destacou.

As denúncias repercutiram ainda mais após um vídeo publicado nas redes sociais da prefeitura nesta quarta-feira (17), onde a secretária de Educação, Rejane Jorge, mostra o andamento das obras na unidade. Nas imagens, ela mostra o avanço das obras e, nos comentários, recebe inúmeras críticas por parte dos moradores da localidade.

“Documentar o andamento, excelente! Só que a comunidade precisa de resposta: onde os alunos irão estudar? Qual a previsão de retorno das aulas? São dúvidas que precisam ser esclarecidas, os alunos não podem ficar prejudicados e aguardo um posicionamento da SEME”, questionou uma moradora.

Em resposta às críticas, ainda na publicação, Rejane respondeu que “em breve, iremos [representantes da Secretaria de Educação] nos reunir com todos para informarmos nossas providências. Garantir o melhor e de forma democrática é o nosso compromisso. Nossos alunos merecem todo nosso empenho às suas necessidades”.

Diante dos fatos, o RC24h entrou em contato com a prefeitura, questionando sobre como a situação será resolvida. Em nota, o município destacou que a Secretaria Municipal de Educação “está empenhada em encontrar soluções para viabilizar as aulas presenciais dos estudantes da Escola Municipal Evaldo Salles no início do ano letivo de 2024”.

E que “na próxima semana, os pais e responsáveis dos alunos serão convidados para uma reunião, em que serão discutidas e definidas as melhores medidas a serem adotadas”. Pontuou, ainda, que, ao contrário das denúncias, “as obras na referida unidade estão progredindo conforme o planejado”.

Confira a nota na íntegra:

“A Prefeitura de Cabo Frio, por meio da Secretaria Municipal de Educação, informa que está empenhada em encontrar soluções para viabilizar as aulas presenciais dos estudantes da Escola Municipal Evaldo Salles no início do ano letivo de 2024. Na próxima semana, os pais e responsáveis dos alunos serão convidados para uma reunião, em que serão discutidas e definidas as melhores medidas a serem adotadas. É importante destacar que as obras na referida unidade estão progredindo conforme o planejado”.

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida e pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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