O Procurador da Repúbllica do Ministério Público Federal (MPF), Leandro Mitidieri, esclareceu detalhes sobre a Operação Exam, deflagrada pela Polífica Federal, MPF e Controladoria Geral da União (CGU), para cumprir 28 mandados de busca e apreensão contra um suposto esquema de desvios de dinheiro da Saúde de Cabo Frio para enfrentar a pandemia do coronavírus. Além de Cabo Frio, os agentes também realizam a Operação Exam em São Pedro da Aldeia; na capital do estado; São João de Meriti e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; em Miracema, no Noroeste Fluminense; e na cidade de Serra, no Espírito Santo.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em São Pedro da Aldeia e estão relacionados a 28 alvos: 14 pessoas físicas, 11 empresas e três órgãos públicos municipais.
Segundo Mitidieri, a investigação teve origem em um procedimento do MPF, antes mesmo da pandemia, "que apurava a contratação de exames pelo munícipio de Cabo Frio e, com a colaboração da CGU, foi incluída a questão dos remédios".
O promotor explica ainda, que foi no âmbito das investigações na Polícia Federal, "que nos deparamos com a questão da aplicação dos recusrsos públicos federais no comabte da COVID-19".
Leandro explicou ainda que o Ministério Público Federal também acompanha e cobra a adoção de medidas de combate à pandemia "inclusive quando necessário isolamento e medidas restrtivas, mas a aplicação dos recursos será fiscalizada".
De acordo com as investigações, os desvios podem ter sido de mais de R$ 7 milhões aos cofres públicos.
Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio informou "que as denúncias têm como alvo principal contratos firmados na gestão anterior e que irá colaborar com toda e qualquer investigação. Esclarece ainda que preza pela transparência e toda informação sobre a verba federal destinada para o combate ao Covid-19 é encaminhada para Câmara de Vereadores e órgãos competentes. As informações também estão disponíveis no Portal da Transparência".