CASO TAINÁ / Acusados de estupro coletivo e tentativa de homicídio de jovem macaense são condenados por júri popular

Sentença prevê pena de 32 anos para Carlos Maurício Ribeiro Dutra e Éder Mores Reis


Os acusados de estupro e tentativa de homicídio contra a jovem Tainá Silva, em Macaé, foram condenados por juri popular a pouco mais de 32 anos, em regime inicial fechado. A decisão foi divulgada na manhã desta quinta-feira (11).

O crime aconteceu em 9 de novembro de 2016, quando a jovem tinha apenas 16 anos. Tainá foi vítima de estupro coletivo e agressão física com golpes de martelo e machado em uma fazenda abandonada no Imburo, zona rural macaense.

O julgamento do caso começou por volta das 10h desta quarta-feira (10). A Juíza da 1ª Vara Criminal de Macaé, Priscila Macuco Ferreira, condenou Carlos Maurício Ribeiro Dutra, de 21 anos, e Éder Moraes Reis, de 22, por tentativa de homicídio quatro vezes qualificado, estupro, sequestro e cárcere privado.

Segundo o advogado da vítima, Marino Victer, o crime teria sido cometido por uma desavença entre a vítima e a namorada de Carlos. A jovem, por ciúmes, pediu ao namorado que "desse um jeito" em Tainá. O crime foi considerado hediondo, cruel e por motivos torpes.

Após o crime, Tainá foi morar com a família no Nordeste. Hoje, com 18 anos, a jovem passou por diversas cirurgias para reconstrução da face, e ainda faz acompanhamento psicológico.

Amigos e familiares de Maurício e Éder estiveram na plateia do fórum até a leitura da sentença. Ao final do julgamento, alguns jurados precisaram sair escoltado do fórum devido a um tumulto.


SOBRE O CASO

Tainá Silva foi surpreendida pelos criminosos quando voltava da escola onde estudava, no centro de Macaé. Ela foi agredida com golpes de machado e martelo, além de ser estuprada.

A jovem foi localizada após uma denúncia do pai sobre o desaparecimento dela, logo depois que a bicicleta de Tainá foi encontrada às margens de uma estrada. A Polícia Civil fez buscas pelo local e encontrou uma casa abandonada trancada com um cadeado.

No local, os agentes avistaram a menina gravemente ferida e os objetos utilizados para cometer o crime. Tainá contou aos policiais que só conseguiu sobreviver por ter fingido estar morta. Conforme a adolescente, os criminosos disseram que voltariam mais tarde para se livrar do corpo. Na época, Maurício e Éder confessaram o crime.

Categorias: Polícia Macaé

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