Polícia Militar está proibida de realizar operações para apreensões de veículos no estado do Rio

Medida acontece por determinação do governador Wilson Witzel, que se reuniu com o Conselho de Segurança do Estado e acatou a indicação legislativa do deputado estadual Subtenente Mauro Bernardo (PROS)


A partir desta segunda-feira, dia 1º de abril, a polícia militar está proibida de realizar operações com o intuito de apreender veículos por irregularidades na documentação. A medida acontece por determinação do governador Wilson Witzel, que se reuniu com o Conselho de Segurança do Estado e acatou a indicação lesgislativa do deputado estadual Subtenente Mauro Bernardo (PROS), que desde o início do mandato combate o que é classificado por ele como a máfia dos depósitos. A medida foi confirmada por Thiago Santos, chefe de gabinete de Bernardo que confirmou a informação na tarde desta segunda-feira (1º) após contato com a chefia do gabinete do governador.

Com isso, as blitzes passam a ser feitas pelo Detran-RJ, terão o nome Operação Detran Seguro e seguirão um protocolo, seguindo os moldes da Operação Lei Seca, previamente definido para avaliar somente o estado de sete itens: pneus, lataria, vidros, películas, placas de identificação, farol, comandos de seta e vão aferir os gases poluentes. São menos itens do que havia na vistoria anual, extinta definitivamente pela Lei 8269/18, que era feita nos postos.

A operação terá ações semanais, inclusive aos sábados e domingos, na capital e interior do estado. As ações serão realizadas durante o dia, em horário comercial. Datas e locais não são divulgadas previamente.

O deputado Subtenente Bernardo (PROS) que apresentou a proposta à Witzel na primeira oportunidade que teve de se encontrar com o governador, afirma que há indícios de corrupção que vão desde a ação de agentes até ao uso dos depósitos, que lucram com as operações.

"Qual curso a PM faz para avaliar o estado do pneu ou da lataria? Ele não foi treinada para isso. É ruim para a população e para os policiais" - diz o deputado, defendendo que o efetivo policial seja usado no patrulhamento ostensivo.

Pelo Twitter, Witzel falou sobre o encontro com Bernardo e posicionou-se favoravelmente à mudança na forma de fiscalização. “A medida ajudará na apuração de possíveis irregularidades em serviços de remoções e apreensões de veículos”, escreveu.

O presidente da Comissão Nacional de Trânsito da OAB, Armando de Souza, considera pertinente o pedido do deputado.

"A atribuição de fiscalizar é do Detran, embora haja um convênio firmado com a PM, previsto em lei. Porém, a população quer segurança, e não que o PM seja deslocado para vistoriar automóveis".

Categorias: Polícia Trânsito

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