Você já imaginou uma Ring Girl – aquelas mulheres que avisam a mudança de round em competições de MMA – cadeirante? E uma jovem de 21 anos que, ao ficar paraplégica, “deu uma banana” para os problemas físicos e se entregou de corpo e alma ao esporte? E uma cadeirante que cria um blog para incentivar, apoiar e ajudar pessoas com a mesma limitação? Finalmente, você já imaginou que alguém que treina HandBike em Arraial do Cabo, com suas ladeiras e ruas sinuosas, com um equipamento que pesa o triplo dos utilizados pelos atletas de ponta, pudesse estar entre as melhores da modalidade?
Pois esse é um breve resumo da vida de Vanessa Pimentel, uma cabista de 30 anos que ficou paraplégica após um acidente de moto, aos 21 anos. É obvio que a vida de Vanessa mudou após o acidente. As limitações atrapalharam suas atividades físicas, mas não sua convicção e força de vontade. Filha de uma família modesta, sua reabilitação não foi mais difícil que a de outras pessoas, mas as dores e as diversas cirurgias por que passou, não foram suficientes para arrefecer seus desejos e vontades.
Primeiro, continuou seus estudos de Publicidade, conseguiu um emprego – é funcionária pública e trabalha com acessibilidade em Arraial do Cabo – e resolveu ser paratleta.
Sua primeira conquista veio logo em seguida. Foi a primeira Ring Girl cadeirante do mundo no MMA, em maio de 2015 e, ao ganhar de presente uma HandBike, começou a treinar onde e quando podia, e foi a 5ª colocada em sua primeira competição, competindo entre as melhores paratletas da modalidade, com um equipamento de 25 quilos, enquanto as demais usavam bikes de oito quilos.
Mais que a colocação, Vanessa conta que trouxe bagagem de vida e experiências que poderia servir de exemplos para outras pessoas.
Hoje ela tem um blog onde divulga entrevistas e conquistas de pessoas com a mesma limitação física que a sua, e serve de inspiração para muita gente.
PATROCÍONIO NECESSÁRIO
Mesmo assim, conta Vanessa, ela precisa de apoio. Apoio para poder continuar competindo e servindo de exemplo: “preciso viajar sempre acompanhada, o que aumenta muito os custos. Preciso de patrocínio para as passagens aéreas, hospedagem e outras despesas, como taxas de inscrição e até para poder ter um equipamento compatível com o nível das competições que disputo”, afirmou a paratleta.
Vanessa conseguiu se classificar para mais uma competição, em Aracaju, no dia 20 de setembro, mas não tem como bancar as despesas. Mostrando que cada experiência é um aprendizado, Vanessa não deixa a verve publicitária de lado nem na hora de mostrar que merece receber o apoio que precisa: “quero levar o nome da minha cidade, da minha Região e do meu estado o mais alto que puder. Quero mostrar que dá para se levar uma vida ativa, mesmo com limitações, manter uma boa auto-estima e, principalmente, ter uma vida normal. Mas preciso de ajuda para isso”, desabafa. Aliás, o nome do seu blog é “Me deixa desabafar!”.
Quem quiser ajudar à brava Vanessa, pode entrar em contato com ela: www.pimentelvanessa.blogspot.com.br - www.facebook.com/pimentelvanessa - www.instagram.com/yovanessapimentel