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28/11/2024 — 09:38
  (Horário de Brasília)

Mulher é estuprada pelo primo na casa da irmã e sobrinhas são dopadas em Búzios

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De acordo com a vítima, homem morava na casa ao lado. Rudson da Silva Barreto aproveitou o momento durante a noite, a agrediu e abusou sexualmente. Ele continua foragido

Uma mulher de 21 anos foi abusada sexualmente pelo próprio primo, de 34 anos, na noite do último dia 16 de março, em uma residência do bairro Tucuns, em Armação dos Búzios.

Tatiane de Souza relatou, com exclusividade ao Portal RC24h, os momentos de terror que viveu com Rudson Fernando da Silva Barreto, quando estava na casa da irmã dela tomando conta das duas sobrinhas de 5 e 9 anos.

De acordo com a vítima, a irmã precisou viajar até o Rio de Janeiro para fazer compras para o estabelecimento da família e pediu para que ela passasse o dia e a noite com as meninas. Rudson morava de favor na casa ao lado e tinha liberdade para frequentar a residência da prima: “ele morava de favor em uma das casas da minha irmã. A casa ao lado da dela. Mas ele sempre tomava café, almoçava… Ele tinha liberdade para entrar lá”, contou Tatiane.

E foi se aproveitando dessa liberdade que Rudson cometeu o crime. A mulher afirmou que o estuprador dopou as sobrinhas, colocando um remédio em uma vitamina. Ela havia cochilado com as crianças e, ao acordar, percebeu que o primo estava em cima dela, “alisando e beijando”.

Assustada, Tatiane relembra que tentou se livrar do homem, mas ele a puxou para o quarto e a trancou. Em seguida, ela foi enforcada.

“Naquela hora eu pensei que fosse morrer. Eu caí no chão e ele falou que não adiantava eu gritar. Quando eu parei de gritar, ele me soltou, eu corri em direção a porta para destrancar, consegui chegar até à cozinha, mas ele me puxou muito forte pelo braço e pelo cabelo”.

A casa fica localizada em uma rua deserta e já se passava de meia noite. “Tudo estava trancado. Ninguém ia me escutar”.

A vítima conta que tentou fazer de tudo para que o primo desistisse do estupro, mas não adiantou. Ele puxou um colchão para a cozinha, apagou as luzes e abusou dela.

“Ele começou a me alisar, eu não sabia o que fazer. Ficou lá até 2h… depois do ato, eu tentei me lavar, porque estava com medo de engravidar dele”.

Ela ainda foi forçada a dormir o resto da noite ao lado dele e, ao clarear o dia, foi novamente estuprada. “Ele começou a me beijar e forçou de novo, não queria parar”, conta.

Uma das sobrinhas acabou acordando, ainda sonolenta, e nesse momento, Rudson parou com o estupro. “Ele saiu de cima, coloquei a roupa rápido e fui até ela para que ele não pudesse fazer mais nada comigo. Ela ainda estava tonta, sonolenta, sem entender nada. Aí eu falei baixinho ‘fica acordada com a titia, por favor'”.

Tatiane conta que precisou fingir que estava tudo bem e que não contaria o ocorrido para alguém.

“Durante todo o estupro ele falava que me amava, que isso era um propósito de Deus. Perguntava se eu amava ele, eu ficava quieta e ele falava que era pra eu melhorar minha cara e perguntava se eu estava gostando. Foi horrível”.

Rudson havia quebrado o celular da prima na noite anterior, mas acabou deixando que ela usasse o dele para falar com a irmã.

“Depois que tudo, consegui mandar mensagem para uma amiga, porque ele ficou com a consciência pesada. Eu falei com ele que minha irmã devia estar preocupada, tentando falar comigo e ele tinha quebrado meu celular, ela iria desconfiar. Foi a hora que ele pegou o celular dele e falou que com ele eu teria tudo. Tirou o chip dele, resetou tudo e eu coloquei meu chip no celular dele e tentei falar com a minha irmã, só que ela não percebeu que eu estava pedindo ajuda. Aí eu mandei mensagem para a minha namorada”, relembra.

A namorada conseguiu entrar em contato com a família de Tatiane. Ela arrumou as sobrinhas e fingiu que estava indo para o quiosque da irmã, mas, no trajeto, foi para a casa da avó das meninas, na Baía Formosa.

Após o crime, Tatiane foi até a 127ª Delegacia de Polícia, em Búzios, e registrou a ocorrência. Ela também passou por exame de corpo de delito, onde foi confirmado o estupro.

“Ele tinha me contado a história de vida dele toda. Falou que já matou um, que já estuprou outra. Quando cheguei na delegacia, ele tinha mais de cinco fichas criminais”.

Rudson está foragido desde o dia do estupro. Nas redes sociais, o perfil do criminoso foi desativado.

A ocorrência foi registrada e a polícia segue acompanhando o caso.

MTb 0022570/MG | Coordenadora de Reportagem  Site do(a) autor(a)

Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.

Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.

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