Vídeos registrados nesta terça-feira (27) em Cabo Frio mostram arraias supostamente mortas ao fundo do Canal do Itajuru, na altura do bairro Passagem, e levantaram preocupações por parte de de moradores da região, principalmente com relação ao motivo do óbito dos animais.
Nas imagens, é possível visualizar as arraias, algumas de bruços, ao lado de barcos. Inicialmente, os moradores não tinham certeza sobre o óbito, contudo, o biólogo cabo-friense Eduardo Pimenta explicou que “as chances de estarem mortas são enormes, porque elas normalmente vivas não ficam nessa posição”.
“E o que a gente observa acima, sobre a lâmina d’água? Barcos de pesca de rede, ou seja, sugere-se que, né, não dá para confirmar, porque não temos provas comprobatórias, mas sugere-se que elas foram capturadas e descartadas”, analisou Pimenta.
Próximo aos animais, é possível identificar barcos de rede de espera, também conhecidas como redes de cerco, que são projetadas para ficar submersas na água por períodos prolongados, aguardando que os peixes nadem para dentro delas.
“Tem um apetrecho de rede ali, né? Essas redes possivelmente tenham sido lançadas. Não dá para afirmar que esse barco ali acima delas que fez isso, mas possivelmente trata-se de descarte de pesca”, finalizou o biólogo.
Diante dos fatos, o Portal RC24h entrou em contato com a prefeitura, questionando sobre os fatos, e recebeu a seguinte resposta:
“A Prefeitura de Cabo Frio informa que uma equipe da Guarda Marítima e Ambiental percorreu o Canal do Itajuru, na altura do bairro Passagem, e não encontrou arraias mortas e esses animais podem ter sido descartados por pescadores. Informa ainda que uma equipe orientará os profissionais da pesca sobre os cuidados necessários com animais marinhos a fim de evitar crimes ambientais, uma vez que algumas espécies são protegidas por lei”.
Ludmila Lopes
Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.
É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.