Uma moradora de Cabo Frio denunciou ter sido vítima de extorsão em um quiosque localizado na Praia do Forte, no último sábado (27).
Segundo o relato, ela e um grupo de amigos precisaram utilizar a estrutura do quiosque após não conseguirem acomodar todos em uma barraca própria.
Antes de se sentarem, o grupo questionou os funcionários sobre as regras de uso do espaço e foi informado de que seria necessário consumir ao menos um item da cozinha, sem definição prévia de valor mínimo ou indicação específica de qual produto deveria ser pedido.
O grupo permaneceu no local até o fim da manhã e, ao tentar realizar o pedido, optou por itens considerados mais simples do cardápio, com valores em torno de R$ 150 a R$ 160.
Entre as opções solicitadas estavam porções de pastéis, bolinhos e espetinhos de frango. Em todas as tentativas, o garçom informou que os produtos não estavam disponíveis.
De acordo com a moradora, após sucessivas negativas, o grupo observou que um dos itens recusados estava sendo servido a clientes em uma mesa próxima. Ainda assim, o funcionário manteve a informação de que o produto havia acabado.
Após novas tentativas sem sucesso, o grupo questionou o garçom sobre sugestões disponíveis. Foi então apresentada a opção de pedidos com valores entre R$ 300 e R$ 600.
Segundo o relato, não foram oferecidas alternativas abaixo de R$ 200, o que levou o grupo a entender que havia uma tentativa de impor um consumo mínimo não informado anteriormente.
Um dos integrantes do grupo procurou o responsável pelo quiosque para relatar a situação e afirmou que não aceitaria pagar valores superiores aos inicialmente apresentados no cardápio para itens simples. A moradora informou que se sentiu coagida pela conduta adotada no atendimento.
Casos semelhantes vêm sendo relatados por moradores e turistas em relação aos preços praticados por algumas barracas na Praia do Forte durante a alta temporada. Levantamentos apontam que pratos simples podem alcançar valores próximos de R$ 450 nesse período.
Os preços aumentam durante o verão, período de maior fluxo turístico. Frequentadores relatam falta de clareza sobre valores e condições de consumo, o que leva muitos clientes a só tomarem conhecimento dos preços após realizarem o pedido.
As reclamações têm sido registradas em redes sociais e grupos locais. Especialistas do setor turístico alertam que práticas desse tipo podem impactar a experiência dos visitantes e influenciar a percepção sobre o destino, especialmente durante períodos como o Réveillon e a temporada de verão.





