30/04/2025 — 18:53
  (Horário de Brasília)

Ministério da Saúde é acionado após prisão de cardiologista do Mais Médicos por maus-tratos a animais em Arraial

Walter foi admitido no programa em 2021 e estava lotado no Posto de Saúde do Sobradinho, no distrito de São Vicente, em Araruama

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A prisão do cardiologista Walter Rau da Silva Vieira, flagrado na última terça-feira (29) por manter cães e gatos em situação de maus-tratos em sua residência em Arraial do Cabo, gerou repercussão direta no serviço público de saúde de Araruama, onde ele atuava. A Secretaria Municipal de Saúde informou que o médico é vinculado ao programa Mais Médicos, do Governo Federal, e que já entrou em contato com o Ministério da Saúde para solicitar providências imediatas.

Walter foi admitido no programa em 2021 e estava lotado no Posto de Saúde do Sobradinho, no distrito de São Vicente, em Araruama. O programa federal aloca profissionais conforme a demanda dos municípios, sendo a gestão do vínculo responsabilidade direta da União.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Araruama declarou que “aguarda retorno formal do Ministério da Saúde para que as medidas cabíveis sejam adotadas o quanto antes”.

No dia da prisão, Walter foi detido ainda em casa, momentos antes de sair para o trabalho. No imóvel, a Polícia Civil encontrou animais mortos armazenados em um freezer, outros em estado grave de abandono e evidências de insalubridade extrema, como fezes, restos de comida estragada e forte odor de podridão. Onze animais — sete cães e quatro gatos — foram resgatados com vida e levados para atendimento veterinário.

O caso está sendo investigado pela 132ª Delegacia de Polícia de Arraial do Cabo, que conduz a Operação Liberandum em parceria com a Secretaria Municipal do Ambiente e Saneamento (SEMAS), GOPAM, PROEIS e Secretaria de Segurança Pública. O imóvel permanece interditado para conclusão da perícia técnica.

Walter Rau da Silva Vieira segue preso e responderá pelo crime de maus-tratos a cães e gatos, conforme o §1º-A do artigo 32 da Lei nº 9.605/1998, com pena prevista de dois a cinco anos de prisão, além de multa e proibição de guarda de animais.

O Ministério da Saúde ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.

MTb 0022570/MG | Coordenadora de Reportagem  Site do(a) autor(a)

Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.

Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.

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