A polícia Civil descobriu mais um suspeito de envolvimento no assassinato dos sargentos do Exército e Marinha, Julio Cesar Mikaloski e Sidiney Lins dos Santos, mortos carbonizados em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, em dezembro do ano passado. Segundo o delegado responsável pelo caso, Milton Siqueira Junior da 125ª Delegacia de Polícia (125ª DP), um homem identificado como Marcelo Amorim seria funcionário de uma prefeitura na Região dos Lagos e primo de um dos PMs preso em janeiro por envolvimento nas mortes, Alexsander Amorim da Silva e Marcos Paulo Tavares, lotados no 25°BPM (Cabo Frio). Segundo as investigações, Marcelo aparece em filmagens, analisadas pela perícia, carregando os corpos dos sargentos, dirigindo um dos veículos usados na cena do crime e dando cobertura aos policiais responsáveis pelo assassinato.
— Sabemos que ele tem envolvimento. Contra ele há um mandado de prisão em aberto. Marcelo está foragido. Estamos fazendo diligências para tentar localizá-lo — afirmou o delegado.
Julio Cesar Mikaloski e Sidiney Lins dos Santos foram encontrados carbonizados dentro do porta-malas de um Honda Civic, na Estrada da Caveira, Região dos Lagos, em 2 de dezembro de 2022. Segundo a polícia, os amigos teriam ido até a região assistir ao jogo do Brasil pela Copa do Mundo, quando foram abordados pelos PMs. Ainda de acordo com as investigações, horas antes de serem mortos carbonizados os sargentos teriam visitado uma casa de prostituição na mesma região, se envolveram em uma briga e foram levados do estabelecimentos pelos policiais. Na manhã seguinte, seus corpos foram encontrados.
Em janeiro, os PMs Alexsander Amorim da Silva e Marcos Paulo Tavares, lotados no 25º BPM (Cabo Frio), foram presos acusados da morte de dois militares. Câmeras de segurança flagram o carro de Alexander Amorim seguindo as vítimas e voltando do local onde os militares foram encontrados. Elisandro Equey, pai do sargento Julio Cesar, disse ao GLOBO que lamenta a crueldade com que o filho foi morto e ainda espera por justiça. O sepultamento do militar foi feito pela família em 26 de maio.
— Meu filho morreu de uma forma cruel. Prenderam os policiais, mas tem outra pessoa envolvida. Eu espero que ele também seja pego. Levaram os pertences do meu filho e tiraram a vida dele. Se o objetivo era roubar porque não o deixaram vivo? Para que tanta crueldade? Agora eu tento conviver com essa dor enquanto um dos responsáveis continua solto — lamentou o pai do militar.
*Com informações do Extra.
Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.
Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.