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03/12/2024 — 14:01
  (Horário de Brasília)

Maricá promove roda de conversa sobre Transversidade

Pessoas trans de várias gerações dialogaram sobre suas histórias e lutas por direitos na sociedade

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A Prefeitura de Maricá, organizou nesta quinta-feira (25) uma roda de conversa sobre Transversidade, onde pessoas trans de várias gerações dialogaram sobre suas histórias de vida, lutas, descobertas, respeito e direitos como cidadãos. A iniciativa é do Núcleo LGBTQIA+ em uma parceria com o programa estadual Rio Sem LGBTIfobia e antecipa o Dia da Visibilidade Trans, celebrado no dia 29 de janeiro.

Pessoas de várias idades se reuniram no auditório do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), no Centro, para ouvir as histórias de jovens e adultos trans que se repetiam, independente das idades, devido ao ódio e não aceitação da sociedade. Coordenadora do Núcleo LGBTQIA+ da Secretaria, Iracema Miranda disse que a idade média de vida da população trans é de 35 anos, onde muitos não conseguem envelhecer porque são mortos por ódio. Segundo ela, dados da Associação Nacional de Travestis e Transsexuais, indicam que o Brasil é o país com maior registro de assassinatos dessa população.

“Muitas não envelhecem porque são mortas no caminho. Precisamos dar visibilidade a essas pessoas para mostrar a sociedade que elas existem e têm direito à educação, à saúde e benefícios do governo. As pessoas trans são mortas com requinte de crueldade, como paulada, pedrada, esquartejadas, porque muitos têm ódio. Não queriam que essa população existisse, mas eles existem”, destacou Iracema.

Bárbara Piergrossi, coordenadora do Centro de Cidadania LGBT do Programa do Rio Sem LGBTIFobia, é uma mulher trans e ressaltou que o objetivo foi promover um diálogo entre os participantes e esclarecer dúvidas.

“Colocamos três gerações de pessoas trans para conversarem e usarem esse espaço para tirar dúvidas. É muito importante que a sociedade entenda que nós temos direitos assim como os demais”, afirmou Bárbara.

Víctor Ribeiro, de 36 anos, trabalha na Secretaria de Cultura e disse que foi importante ouvir os relatos de quem sente na pele toda a discriminação e que a sociedade precisa ter empatia com essas pessoas.

“A gente quer colocar cada pessoa no seu lugar na sociedade, sem que ela seja discriminada e julgada. A gente escuta essas pessoas e entende o que passam no dia a dia. Precisamos saber calçar o sapato do outro antes de tentar dar o nosso passo”, declarou.

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