A Prefeitura de Maricá já tem definido o tamanho do caixa para 2026. A Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pela Câmara Municipal e publicada no Jornal Oficial, fixa em R$ 7,318 bilhões o orçamento do próximo ano. O montante mantém o município entre os maiores orçamentos do estado do Rio de Janeiro, sustentado principalmente pelas receitas oriundas do petróleo.
No recorte por áreas, Educação e Saúde concentram os maiores volumes de recursos. A Secretaria de Educação lidera a lista, com previsão de R$ 1,33 bilhão, enquanto a Saúde contará com R$ 1,04 bilhão, destinados ao custeio e à ampliação da rede de serviços.
A infraestrutura também ocupa papel central no planejamento. A autarquia Somar, responsável por obras, manutenção urbana e serviços públicos, terá R$ 806,4 milhões. Outros órgãos e secretarias aparecem com dotações expressivas, como Administração (R$ 537,3 milhões), Encargos Financeiros do Município (R$ 401,9 milhões), Codemar (R$ 400 milhões) e o Instituto de Seguridade Social de Maricá – ISSM (R$ 312 milhões). Também figuram na lista a Empresa Pública de Transportes (R$ 274,3 milhões), a Sanemar (R$ 264,3 milhões), a Secretaria de Economia Solidária (R$ 229,9 milhões), Meio Ambiente (R$ 178 milhões) e Segurança Cidadã (R$ 123 milhões).
A base de sustentação do orçamento segue sendo o petróleo. A estimativa para a compensação financeira pela produção petrolífera chega a R$ 3,73 bilhões, enquanto a participação especial deve render cerca de R$ 792,8 milhões, além de outras receitas vinculadas aos royalties direcionadas a áreas específicas, como Saúde e Educação.
Com isso, mais da metade da arrecadação prevista para 2026 permanece atrelada diretamente à atividade petrolífera, reforçando a elevada dependência desse tipo de receita na estrutura financeira do município — um debate que acompanha Maricá há anos no cenário político e econômico local.





