Na manhã desta quarta-feira (27), alunos do Colégio Rui Barbosa, acompanhados por estudantes de outras escolas e professores, realizaram uma manifestação em frente à prefeitura. O principal objetivo é garantir a permanência da municipalização do ensino médio municipal e pressionar o governo de transição a se posicionar sobre o futuro da escola.
Desde 2014 o Rui Barbosa sofre com ameaças de fechamento ou estadualização. Em junho de 2015, o Ministério Público recomendou que o município tomasse providências para realizar a transferência gradativa do ensino médio para o Estado. A partir disso, após manifestações e muito diálogo, a escola resiste sendo de responsabilidade do município, mas ainda sob ameaça da mudança.
De acordo com os manifestantes, o atual governo prometeu manter o funcionamento do Colégio Rui Barbosa no próximo ano, mas a comunidade escolar exige que essa garantia seja reafirmada pela equipe de transição. Até o momento, os representantes das escolas não conseguiram agendar uma reunião com os novos gestores, apesar de várias tentativas.
Além disso, representantes criticam a implementação do ensino integral no ensino médio, adotado desde 2022. “Os estudantes não aguentam mais essa dinâmica. Eles precisam de tempo para fazer cursos profissionalizantes, pré-vestibular e outras atividades, mas essa carga horária não permite. Desde o início avisamos que não ia funcionar, e agora vemos os efeitos disso”, afirmou uma professora presente.
Ela também destacou que a única iniciativa concreta do governo atual foi a decisão, tomada em uma reunião do Conselho Municipal na última semana, de começar a montar uma comissão para discutir o tema em 2025.
Mesmo com o apelo, os manifestantes enfrentaram dificuldades para serem ouvidos. Segundo relatos, o governo de transição não se pronunciou, e o atual governo tenta limitar a quantidade de pessoas da comissão que pode entrar na prefeitura para negociações.
A mobilização ocupou a porta da prefeitura, com cartazes de “Rui Resiste” e palavras de ordem. Estudantes e professores reafirmam que continuarão pressionando até que suas demandas sejam atendidas.