Alunos de Cabo Frio protestaram em frente à sede da Prefeitura na tarde desta terça-feira (25), cobrando melhorias nas escolas da cidade. A mobilização foi organizada pela União Cabo-friense dos Estudantes (UCE) e teve como principais pautas a ausência de merenda escolar e a falta de professores.
Durante o ato, que também contou com estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Instituto Federal Fluminense (IFF), o prefeito Dr. Serginho (PL) esteve presente e dialogou com os manifestantes. Poucas horas após o encontro, o chefe do Executivo publicou um vídeo nas redes sociais respondendo às cobranças.
Nas imagens, Dr. Serginho afirmou que a UERJ e o IFF são instituições estaduais e federais, respectivamente, e que a responsabilidade pelo custeio de transporte e alimentação dos alunos dessas entidades não é do município. “Só com os estudantes da UERJ, que eu trouxe pra Cabo Frio, que é uma universidade estadual, que não tem nenhuma coisa a ver com a competência do município… Os estudantes do IFF, que é o Instituto Federal, estão me cobrando que eu pague a passagem deles e que eu banque também um bandejão. A competência é do Estado e do Governo Federal”, declarou.
Mesmo assim, o prefeito disse que tem buscado alternativas para ajudar. Segundo ele, já houve diálogo com a Secretaria de Mobilidade Urbana e com a empresa concessionária para viabilizar a gratuidade do transporte coletivo para estudantes do IFF. Ele afirmou ainda que, após solicitação feita anteriormente, a linha de ônibus que não chegava ao campus passou a atender o local.
Em relação às escolas municipais, Dr. Serginho disse que autorizou a contratação de aparelhos de ar-condicionado para todas as 826 salas de aula da rede e que lançou um “cinturão de obras” para reformar as unidades escolares da cidade. “Pegamos todas as escolas de Cabo Frio quebradas”, afirmou no vídeo.
Durante o protesto, que começou ainda pela manhã com a exposição de uma faixa em espaço público com referência ao estudante Edson Luís, morto na ditadura militar, os organizadores promoveram atividades em alusão ao Dia do Estudante Secundarista. O ato foi encerrado com a manifestação em frente à sede do governo municipal, às 15h.
Nas redes sociais, os organizadores da UCE classificaram o protesto como simbólico e denunciaram o que chamam de retrocessos na educação pública da cidade. “Escola sem merenda, sem professor e só ampliação da desigualdade. Pelo fim desse retrocesso!”, escreveram.
A Guarda Civil Municipal (GCM) acompanhou a manifestação.
Ludmila Lopes
Graduada em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há 4 anos e atua, desde 2022, como repórter no Jornal Razão, de Santa Catarina. É autora publicada, com duas obras de romance e quase 1 milhão de acessos nas plataformas digitais.
Vencedora do 6º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web. Pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco (UCB).