Moradores de cidades vizinhas a Macaé, considerada um polo regional no Norte Fluminense e parte da Região dos Lagos, que enfrentam dificuldades de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm recorrido ao Centro de Triagem do Paciente com Coronavírus (CTC) e aos hospitais da cidade. A situação piorou nos últimos dois meses, quando números apontaram que quase metade dos pacientes atendidos na Capital do Petróleo, são oriundos de outros municípios.
De acordo com informações do CTC, somente nos meses de janeiro e fevereiro, ao todo 46% dos pacientes atendidos em Macaé era formada de moradores de municípios do entorno. E deste total, 36% eram de pessoas oriundas de Rio das Ostras, onde há apenas 5 leitos de UTI em toda a rede SUS da cidade.
O prefeito de Macaé, Welberth Rezende, corre para evitar um estrangulamento do sistema de saúde e, para isso, adotou medidas mais rígidas regras na cidade, por meio de um decreto visando coibir a aglomeração de pessoas em bares, ruas, festas clandestinas, entre outros.
Na semana passada, o governo conseguiu abrir oito novos leitos de UTI para pacientes com Covid-19, no Hospital São João Batista. Além disso, o chefe do Executivo afirmou em entrevista coletiva à imprensa e em decreto que poderá voltar com as barreiras sanitárias em breve, para evitar a superlotação nos hospitais por pacientes que não residem em Macaé.
Segundo o último boletim, divulgado nesta segunda-feira (8), Macaé está na Faixa Amarela da doença, com taxa de ocupação de leitos terapia intensiva SUS Covid-19 em 57%; de letalidade 1,47 e de taxa de incidência 162,52 (média semanal). A cidade contabiliza 20.838 casos e 308 mortes pela Covid-19.