O mês de outubro, que começou com um eclipse solar no dia 2, terá a maior Superlua do ano na noite desta quinta-feira (17). O fenômeno será visível durante toda a noite, com a Lua brilhando intensamente na constelação de Áries.
Desde o final de setembro, tem sido possível observar a passagem do “cometa do século”. O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-Atlas) passou pelo seu ponto mais próximo da Terra no último dia 12, e a partir de agora deve ficar cada vez mais difícil enxergá-lo a olho nu. Depois da Superlua desta quinta (17), os amantes da astronomia poderão aproveitar ainda a chuva de meteoros Orionidas durante a madrugada do dia 21, na direção leste.
O que é a superlua?
A órbita da Lua ao redor do nosso planeta é elíptica, o que significa que em alguns momentos ela está mais perto (perigeu) e em outros, mais distante (apogeu). A distância entre a Terra e a Lua no perigeu é de aproximadamente 360 mil quilômetros, enquanto no apogeu essa distância pode aumentar para cerca de 405 mil quilômetros.
A Superlua ocorre quando a Lua está em sua fase cheia e, ao mesmo tempo, em seu ponto mais próximo da Terra, o perigeu. Durante esse período, o satélite natural parece até 14% maior e 30% mais brilhante do que o habitual. A diferença pode parecer pequena, mas deve causar impactos nas marés de todo o mundo.
Na realidade, o tamanho do corpo celeste é sempre o mesmo, e o fenômeno é causado pela diferença de perspectiva. Para os que pretendem admirar o fenômeno, é recomendado procurar locais afastados de grandes centros urbanos, onde a poluição luminosa não interfere na visualização.
As superluas ocorrem apenas três a quatro vezes por ano e sempre aparecem consecutivamente. Essa de outubro será a terceira de três Superluas, e um pouco mais brilhante que as anteriores por conta de estar um pouco mais perto.
As celebrações da superlua em diferentes culturas
Diferentes culturas ao redor do mundo possuem tradições específicas ligadas ao calendário lunar. A Superlua sempre ocorre mais ou menos nessa época do ano e coincide ou marca a realização de várias celebrações.
Na América do Norte, a Superlua é conhecida como “Lua do Caçador”, um vocabulário criado em mistura entre os conhecimentos indígenas e dos colonizadores europeus. Por lá, o fim do outono leva as folhas das árvores e deixa os animais gordinhos, preparados para o inverno. Nessa época, uma lua mais brilhante traz a iluminação ideal para a caça noturna, estocando para o inverno.
Na Índia, ela é comemorada como Sharad Purnima, um festival de colheita que celebra a abundância. Para os budistas, especialmente no Sudeste Asiático, essa Lua marca o fim do período de jejum de três meses conhecido como Vassa, com festivais como o Thadingyut em Myanmar, também chamado de Festival das Luzes. Em Sri Lanka, celebra-se Vap Poya, seguido pelo festival Kathina, quando os fiéis oferecem presentes aos monges.
Na tradição hebraica, essa Lua coincide com o início de Sucot, o festival de colheita que celebra os 40 anos em que o povo de Israel viveu no deserto. Durante Sucot, as famílias constroem cabanas simbólicas, onde compartilham refeições e relembram os antepassados.
*Fonte: Super Interessante.