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23/11/2024 — 13:11
  (Horário de Brasília)

Mãe denuncia suposta falsa médica em UPA de Araruama: “foto do CRM não corresponde à pessoa”

Relato de moradora viralizou nas redes sociais e já acumula mais de 70 mil visualizações. Ela conta que mulher prescreveu medicamentos à criança

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No último dia 28 de agosto, Amanda Garcia, moradora de Araruama, compartilhou, através de vídeo, uma grave denúncia contra a saúde da cidade no aplicativo Tik Tok, alegando que seu filho, de quase dois anos, foi atendido por uma suposta falsa médica na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. O relato, no entanto, viralizou nesta semana. Atualmente, acumula mais de 70 mil visualizações.

Amanda conta que levou seu filho à UPA após ele se queixar de dores num caroço localizado na região das nádegas. Ela menciona que o atendimento foi muito rápido e que a mulher que os atendeu “não parecia médica”. “Eu não sei te explicar o porquê dela não parecer médica, mas não parecia médica. Eu falei: ‘Olha, está com esse caroço aqui, ele está reclamando de dores.’ E ela pegou e disse: ‘Olha, para mim, aparentemente não é nada'”, declarou.

Ainda segundo Amanda, a suposta profissional teria sugerido que o caroço seria resultado de uma queda. Ela, no entanto, contestou a hipótese, alegando que o filho não havia sofrido nenhuma queda recente. “Qualquer pessoa que passasse a mão naquele calombo ia primeiro perguntar se ele tomou alguma vacina, alguma injeção, alguma coisa nos últimos meses, que foi o que a triagem perguntou. Então, a suposta médica não me perguntou nada. Simplesmente disse que não era nada”, explicou a mãe no vídeo.

Por fim, a denunciante compartilhou que, mesmo insistindo, a profissional teria minimizado a situação, mandando ir para a clínica e receitado um medicamento.

Desconfiada, Amanda decidiu verificar o CRM (Cadastro Regional de Medicina) registrado na receita médica que recebeu. “Quando eu conferi o CRM, vi que a pessoa que me atendeu não era a mesma descrita no carimbo da receita”, disse ela. A mãe compartilhou que, na verdade, a profissional registrada era “uma pessoa loira, de olhos claros e mais velha”, enquanto a mulher que realizou o atendimento era “morena, mais jovem, de aproximadamente 30 anos”.

A denunciante relatou que, durante o tempo em que esteve na UPA, viu várias crianças sendo atendidas pela mesma pessoa. Ela, que destacou ter meios de levar o filho em uma consulta particular, expressou preocupação com outras famílias que não têm a mesma condição estarem sendo afetadas pela situação.

“Eu acho isso muito sério, principalmente com crianças. São crianças, eu vi muitas passando por ela e indo embora, entendeu?”, disse Amanda, complementando: “Vou levar ele no pediatra. Mas e a família que não tem condição? Porque, assim, a UPA deveria atender a todos, não é? Quem consegue pagar e quem não consegue pagar. Aí, agora a pessoa que não consegue pagar, ela não tem essa escolha, ela tem que ficar lidando com pessoas que estão brincando de médico”.

Após o ocorrido, Amanda afirmou que tentou acionar a polícia, mas não conseguiu atendimento imediato. “Eu tentei ligar para a polícia, mas ninguém atendeu”, disse. Mesmo assim, a denúncia foi registrada através do Disque Denúncia. Nas redes sociais, ela foi orientada a realizar um boletim de ocorrência sobre o caso.

A mãe também alertou outras famílias sobre a importância de verificar os CRMs dos profissionais de saúde durante os atendimentos. “Se vocês duvidarem que a pessoa não parece médica, ou que ela é estranha, sempre procure o CRM, que na foto vocês vão conseguir comparar”, destacou.

Até o momento, o vídeo acumula 71,7 mil visualizações. Diante da denúncia, o Portal RC24h entrou em contato com a prefeitura de Araruama, questionando sobre o fato. Em nota, o município informou que não recebeu denúncias ou reclamações sobre o fato.

Ludmila Lopes

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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