Uma mãe, identificada como Jhuliet, viralizou nas redes sociais, na última quarta (2), após denunciar um suposto caso de exclusão na escola E.M Etelvina S. da Fonseca, localizada no bairro Peró, em Cabo Frio. No vídeo, que foi amplamente compartilhado, a mulher afirma que o filho de 4 anos foi excluído de uma festa por ser autista. Diante da situação, ela foi recebida pela prefeita Magdala Furtado, nesta sexta-feira (4), que se comprometeu a revisar os protocolos municipais de inclusão.
Jhuliet comentou na publicação que, apesar de amar festas, o filho teria sido isolado em uma sala junto à uma assistente, o que teria ocasionado um quadro depressivo no pequeno.
“Meu filho (…) autista, com laudo e em tratamento, foi excluído da festa da escola, pois a mesma não é inclusiva, meu filho que ama festas, ama comemorações, não participou da festa da escola, pois os mesmos não o incluíram na festa, o isolando em uma sala junto a assistente(mera estagiária que estava cumprindo ordens). O que ocasionou uma quadro depressivo que se entendeu por 10 dias, onde ele não quis comer direito, não quis brincar, não quis doces, mal aceitou passear. Recusava qualquer coisa”, declarou em seu depoimento, causando revolta em mães e pais atípicos.
Mas o desabafo de Jhuliet não parou por aí. Ela afirmou na publicação que o pequeno não estaria praticando atividades em grupo na instituição por falta de incentivo, além de também não comer no refeitório e não participar da fila para ir embora pelo mesmo motivo.
“Meu filho não brinca com outras crianças, pois não o incentivam. Isso não é uma escola inclusiva, o excluem de toda e qualquer atividade”, desabafou, questionando, ainda, como vai fazer para explicar à criança que o mesmo não pode participar porque não querem inseri-lo.
A mãe concluiu seu desabafo com uma denúncia grave, dizendo que uma funcionária teria dito que “crianças autistas atrapalham o desenvolvimento da turma”.
“Não há contexto, que inserida, essa frase será aceita”, pontuou.
Em um vídeo feito em seguida, Jhuliet afirmou que não permitiria que a situação não passaria impune, pois levaria a situação à delegacia de polícia, onde realizaria um boletim de ocorrência, e à Secretaria de Educação, onde efetuaria uma reclamação formal sobre os profissionais da instituição.
Nesta sexta-feira (4), a prefeita de Cabo Frio se reuniu com Jhuliet, para ouvi-la sobre o acontecido. Nas redes sociais, a gestora compartilhou uma publicação afirmando que fez questão de conversar com a mãe assim que soube que a mesma estava insatisfeita com o atendimento ao filho dela.
“Fiz questão de conversar com a Jhuliet, mãe de um aluno na nossa rede de educação. Soube que ela estava insatisfeita com o atendimento ao filho dela e com toda razão. Hoje mesmo, já pedi a revisão de todos os protocolos de inclusão do município e vou ouvir a direção da escola. Na nossa gestão, a população sempre será ouvida. E iremos em busca de um tratamento igualitário, com carinho e respeito a TODOS!”, declarou Magdala em suas redes sociais.
Sobre o caso, a prefeitura emitiu uma nota se posicionando sobre o caso. Confira:
“A Prefeitura de Cabo Frio informa que, após conversa com Jhuliet Macedo Maia, mãe de uma criança autista de 4 anos, matriculada na Rede Municipal de Ensino, a prefeita Magdala Furtado determinou a revisão de todos os protocolos de inclusão no município. A chefe do Executivo também vai se reunir com a equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, nos próximos dias, para conversar sobre a inclusão dos alunos com necessidades especiais na rede”.