Uma lancha afundou no Canal do Itajuru, em Cabo Frio por conta de falta de manutenção. O fato chamou bastante atenção dos moradores, principalmente porque o fato aconteceu na última semana e, apesar disso, ainda nesta sexta-feira (27), a embarcação permanece no mesmo local, naufragada.
Segundo informações, a lancha estaria no local há bastante tempo e não contava com a devida manutenção. Consequentemente, a bomba que faz a retirada de água teria parado de funcionar.
E, desde então, quem passa pelo local, avista o que denominam como “cemitério de lanchas”, deixando o Boulevard Canal, um dos pontos turísticos mais conhecidos de Cabo Frio, com um aspecto de “largado”, conforme relatos.
A Delegacia dos Portos foi avisada e o proprietário, notificado para realizar a retirada, entretanto, até o momento, a lancha continua no mesmo lugar. Inclusive, fontes do RC24h apontam que o valor para que isso seja feito não é menor que R$ 50 mil.
Diante dessa demora, o Portal RC24h entrou em contato com a prefeitura de Cabo Frio, que reafirmou que a responsabilidade da retirada da lancha é do proprietário e que a responsabilidade da fiscalização cabe à Marinha do Brasil.
Confira a nota na íntegra:
“A Prefeitura de Cabo Frio informa que a responsabilidade pela embarcação é do proprietário. No caso citado o dono do barco é quem deve proceder com a retirada do mesmo do Canal Itajuru. Quanto à fiscalização, cabe à Marinha do Brasil notificar e autuar o proprietário da embarcação.
A Prefeitura e a Capitania dos Portos estão na fase de alinhamento para a realização de ação para o reordenamento do Canal Itajuru. Entre as medidas, está a notificação de proprietários de embarcações sem manutenção e abandonadas no Canal”.
O RC24h também entrou em contato com a Marinha do Brasil, que enviou a seguinte nota:
“A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval (Com1°DN), informa que a Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio (DelCFrio) notificou o responsável pela lancha “KAKITOS” para que procedesse com a reflutuação da embarcação, conforme inciso 1.4 da NORMAM-221/DPC.
Cumprindo a determinação da autoridade marítima, a embarcação foi reflutuada no último sábado (28). Além disso, uma equipe de peritos, composta por militares da DelCFrio, foi designada para avaliar eventuais infrações à Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (LESTA) e às demais Normas da Autoridade Marítima (NORMAM).
Um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi instaurado e encontra-se na fase de Instrução. Nessa fase, todos os esforços para apuração dos fatos são empregados, como a coleta de depoimentos, provas e laudo dos peritos, tendo um prazo de noventa dias para a conclusão. Cumpridas as formalidades legais, o inquérito será encaminhado ao Tribunal Marítimo (TM), que fará a devida distribuição e autuação, dando vista à Procuradoria Especial da Marinha, a qual adotará as medidas previstas no Art. 42 da Lei n° 2.180/54. Todavia, somente após o Acórdão protocolado pelo TM, a DelCFrio abrirá o Auto de Infração referente às infrações apontadas no IAFN.
Cabe ressaltar que a Marinha incentiva e considera importante a participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e fluviais, além de pedidos de auxílio), (21) 2104-6119 e (21) 97515-7895 (diretamente com o Com1ºDN, para outros assuntos, inclusive denúncias)”.
Vazamento de óleo também preocupa
Muitas pessoas também associaram o vazamento de óleo no Canal Itajuru ao incidente da lancha afundada na última semana, contudo, a prefeitura da cidade esclareceu que trata-se de incidentes diferentes.
De acordo com o município, o vazamento aconteceu na manhã da última quarta-feira (25), durante a passagem de uma traineira, que com a maré baixa, acabou chocando com um banco de areia, na altura da Ponte Deputado Márcio Corrêa. A embarcação seguiu o destino, não permanecendo no canal após a colisão.
Agentes da Guarda Marítima e Ambiental estiveram no local pela manhã, para verificar e monitorar a situação. Na parte da tarde, por volta das 15h, foi realizada nova vistoria e foi constatado que já não havia mais marcas de óleo na água.
Ainda conforme a prefeitura, a Guarda Marítima e Ambiental segue monitorando o local.
Ludmila Lopes
Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.
É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.