A justiça de Búzios proibiu a realização de shows e bailes no Geribá Tennis Park, que nos dois últimos fins de semana realizou shows nacionais à noite – com programação até fevereiro – mas que significaram “perturbação da ordem”. A postura do município notificou o local, em atendimento à decisão judicial. Não só o estabelecimento em questão, mas todos os outros que não tenham isolamento acústico estão vetados de realizar eventos sonorizados após as 22h.
Segundo a decisão do juiz Raphael Baddini, que acatou pedido do Ministério Público, “o estabelecimento não pode realizar eventos que usem caixas acústicas, amplificadores, ou qualquer outro equipamento que se destine a gerar ou ampliar qualquer gênero de som até que seja implantado o projeto de isolamento acústico”. A multa por descumprimento é no valor de R$ 200 mil por evento, a ser revertida ao Fundo Municipal de Meio Ambiente.
No caso do Geribá Tennis Park, que começou uma extensa agenda de shows nacionais no último sábado (8), com a cantora Ludmilla (que reuniu cerca de 3 mil pessoas), e segue até 20 de fevereiro, os diretores da Konteiner x Entretenimento, responsável pelo arrendamento do clube, os advogados já recorreram: “Nossos advogados deram entrada no TJRJ, estamos confiantes que vamos reverter e conseguir manter a programação. São muitos empregos gerados, diretos e indiretamente. Na medida que a produção mostrar que o evento é seguro do ponto de vista da saúde pública, acreditamos que as demais questões serão sanáveis, afinal, som alto na alta temporada em Búzios existe em todos os lugares”, informou a empresa através de nota.
PREFEITO ALEXANDRE MARTINS: A PARTIR DAS 22H, TOLERÂNCIA ZERO
Na noite desta quinta-feira (13), o prefeito de Búzios, Alexandre Martins (REP) foi para a rede social explicar a decisão e afirmou que a Postura está de olho.
“Deixo claro que a nossa regra é uma para toda a cidade. Entendemos que no dia 31 para 1º todos estavam em festa, sendo assim demos maior tolerância. Passou dia, a regra voltou a valer para todo mundo e notificamos todos que estão irregulares. Não me preocupo quem é o dono do estabelecimento A, B ou C, só temos uma dificuldade: se tivermos que ter, até as 22h, espaço com acústica para eventos, vamos ter que fechar muitos estabelecimentos, porque nem todos têm acústica. Eu entendo, então vamos usar uma regra só, já que temos que seguir uma determinação judicial”, explicou Alexandre Martins.