InícioDestaqueJovem de Maricá morre eletrocutado durante festival na Zona Oeste do Rio

Jovem de Maricá morre eletrocutado durante festival na Zona Oeste do Rio

João Vinícius Ferreira Simões, de 25 anos, não resistiu a uma descarga elétrica durante a edição carioca do evento I Wanna Be Tour, que aconteceu no Riocentro, neste sábado (9)

Um jovem de 25 anos, morador de Maricá, morreu depois de receber uma descarga elétrica enquanto aproveitava um dos shows do festival I Wanna Be Tour, no Riocentro, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, na madrugada deste domingo (10).

Segundo as primeiras informações, João Vinícius Ferreira Simões teria encostado em um food truck energizado, na área próxima à Pista Premium do show, quando recebeu a descarga elétrica. Ele estava molhado por conta da forte chuva que caiu na região durante o festival. A notícia da morte de João foi publicada primeiro pela Rádio CBN e depois confirmada pela TV Globo.

Após o choque, João chegou a ser socorrido pela equipe médica do festival, que teria realizado os procedimentos de emergência, incluindo tentativas de reanimação cardiopulmonar. A equipe do evento teria levado João para o Hospital Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca. Contudo, o jovem teria chegado a unidade de saúde sem vida.

A mãe de João contou que recebeu uma mensagem do filho por volta das 21h, quando ele informou que estava tudo bem no evento, mesmo com a chuva que caiu na região. Na madrugada, ela voltou a receber uma ligação, dessa vez de uma atendente do Hospital Lourenço Jorge, informando sobre o acidente com seu filho.

O caso foi registrado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes). A Polícia Civil agora investiga a morte do jovem no festival de música.


Família de estudante eletrocutado reúne fotos de fiação solta no Riocentro; enterro é nesta segunda

A família do estudante tirou fotos de fios soltos na área externa logo após o acidente.

Os pais afirmam que a produção não preservou o local para perícia e falam em negligência. O enterro foi marcado para a tarde desta segunda-feira (11), no Cemitério Municipal de Maricá.

“Não me deixaram entrar; tive que chamar a polícia, também não deixaram entrar. Empurramos o portão e entramos. Tiramos fotos de fio desencapado, gerador mal localizado…”, narrou Roberta Ferreira, mãe de João.

“Já estavam desmontando para o show em Belo Horizonte. O local não foi preservado para perícia, não tinha mais nada, ninguém dava informação”, emendou.

Segundo testemunhas, João estava molhado por conta da chuva, quando encostou na lataria de um food truck da edição carioca do evento I Wanna Be Tour. Roberto acredita que houve negligência.

“Imprudência, irresponsabilidade dos produtores, do próprio Riocentro, desse food truck. As pessoas viram que estava chovendo, tinha que ver o que estava acontecendo. Mas não. Eu não tenho nem coragem de entrar ali (no IML) e ver meu filho estirado numa maca, sem vida”, comentou o pai da vítima.

“Eles precisam responder o que aconteceu com meu filho. Como que foi montado esse evento? Como que esses fios estavam lá? Pensaram nas pessoas que pagaram para assistir o evento?”, cobrou Roberta Ferreira, mãe de João.

Após o choque, João chegou a ser socorrido pela equipe médica do festival, que teria realizado os procedimentos de emergência, incluindo tentativas de reanimação cardiopulmonar. A equipe do evento teria levado João para o Hospital Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca. Contudo, o jovem teria chegado a unidade de saúde sem vida.

“Eles podem falar o que quiser, indenizar o que for, mas não vai trazer meu filho de volta. É inacreditável. Não podem fazer esses eventos assim”, completou Roberto.


Local sem perícia

A família de João Vinícius também criticou a ação dos organizadores do festival na desmontagem do evento. Segundo Roberta, mãe da vítima, a estrutura no Riocentro foi desfeita antes da perícia da Polícia Civil no local.

Roberta contou que esteve no local da festa na manhã deste domingo (10) e que a atuação dos organizadores vai atrapalhar as investigações sobre a morte de João.

“Eles não preservaram o local para a perícia, ninguém (no Riocentro) dava mais informação de nada. (…) Com certeza (atrapalharam as investigações) porque não preservaram o local do acidente. Desmontaram tudo e agora não teve perícia”, comentou Roberta, lembrando também que ninguém do evento procurou a família.


O que dizem os citados

Por volta das 14h30, a empresa 30e, responsável pela produção do I Wanna Be Tour, publicou em suas redes sociais um comunicado sobre a morte de João Vinícius. Os organizadores classificaram o caso como um “incidente”.

“Na noite deste sábado, 9 de março, uma forte chuva atingiu o Rio de Janeiro enquanto o evento I Wanna Be Tour era realizado no Riocentro; e o público se dirigiu para a marquise coberta, seguindo os protocolos de segurança.

Neste momento, lamentavelmente, ocorreu um incidente na área descoberta próxima a um food truck terceirizado: o jovem João Vinícius Ferreira Simões foi atingido por uma descarga elétrica.

O sistema de segurança foi acionado no mesmo instante para atendimento e para as providências de socorro.

Apesar do pronto atendimento e de todos os esforços realizados pelas equipes médicas no evento e no hospital, o jovem não resistiu e, infelizmente, veio a óbito.

A 30e, produtora do evento, lamenta profundamente e está apurando o ocorrido junto às autoridades. Até então, informações obtidas atestam para a conformidade da operação do food truck. A produtora já estabeleceu um primeiro contato com a família do jovem para prestar solidariedade e dar toda assistência necessária“.

Em nota, o Riocentro lamentou a morte de João e informou que “o jovem foi imediatamente socorrido pela equipe de socorro contratada pela organizadora do evento e responsável pela infraestrutura, que o encaminhou ao hospital. A administração do centro de convenções está acompanhando o caso de perto junto à organização, para que a família receba toda assistência necessária”.

*Com informações do G1.

Coordenadora de Reportagem na Portal RC24h | Site do(a) autor(a)

Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora.

Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.

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