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25/11/2024 — 14:33
  (Horário de Brasília)

IML de Cabo Frio está há quase cinco anos fechado para necropsia

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Fechado há quase cinco anos, o Instituto Médico Legal de Cabo Frio segue sem prestar serviços de necropsia. As atividades foram suspensas em abril de 2016 para reforma, cujas obras são de responsabilidade do governo do Estado. A necropsia é um exame que precisa ser feito em casos de morte violenta ou de causa desconhecida para apresentar informações importantes que ajudam em investigações.

O IML é um órgão público subordinado à secretaria estadual de Segurança Pública e é responsável, além das necropsias, pelos laudos cadavéricos para perícias científicas e exames de corpo de delito. Atualmente, só este último é realizado no local, no bairro do Portinho, próximo ao cemitério Santa Isabel.

Na ocasião em que foi fechado para os reparos, uma placa chegou a ser instalada mostrando o valor da obra, mas sem informar data de finalização desse serviço, que começou a ser feito e depois parou.

Desde a paralisação da atividade na unidade cabo-friense, as necropsias estavam sendo realizadas na unidade de Araruama, que suspendeu as atividades em maio de 2020. Desde então, os serviços são feitos em Macaé e São Gonçalo, de acordo com a proximidade de cada ocorrência. 

Porém, devido a uma baixa de legistas, até o mês de janeiro São Gonçalo estava recebendo a maior parte das demandas de exames de necropsias de cadáveres oriundos de Araruama, Cabo Frio e os municípios atendidos por eles (Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande), enquanto Macaé funcionava apenas nas terças, sábados e domingos. Mas o funcionamento foi normalizado no início deste mês.

Em julho de 2020, a secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras fez uma inspeção no prédio de Cabo Frio, após solicitação de reforma do espaço feito pelo então prefeito Adriano Moreno, mas a ação não avançou.

De acordo com o Departamento Geral de Polícia Técnico Científica (DGPTC), os processos para a realização dos reparos estão abertos e com os orçamentos realizados pela Empresa de Obras Públicas (Emop), órgão da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras (Seinfra), porém, sem previsão de início. 

Sem previsões de reabertura, a situação tem causado transtornos aos familiares já sensibilizados pela perda de entes queridos, tendo em vista que precisam viajar mais de 40km para identificar os corpos, ou seja, o sofrimento é dobrado.

 

Ludmila Lopes

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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