09/09/2025 — 21:56
  (Horário de Brasília)

Funcionários denunciam más condições de trabalho em supermercado de Cabo Frio

Entre as principais queixas, estão a ausência de um espaço adequado para o intervalo, acusações de assédio moral e a retirada de benefícios de saúde

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Trabalhadores do Mercado Princesa/ Rede Economia Cabo Frio 1, localizado na Avenida Teixeira e Souza, procuraram a imprensa para denunciar situações de descaso, constrangimento e opressão dentro da empresa. Entre as principais queixas, estão a ausência de um espaço adequado para o intervalo, acusações de assédio moral e a retirada de benefícios de saúde.

De acordo com os relatos, os funcionários não possuem local apropriado para descanso durante a hora de intervalo. Muitos relatam que precisam permanecer em um banheiro sujo, sobre papelões, ou até mesmo na calçada da rua, por falta de refeitório ou sala de convivência. Uma sala vazia existente no mercado, segundo eles, é de uso exclusivo da gerência, que chega a trancar o espaço para impedir a entrada dos demais trabalhadores.

Em outra ocasião, um deles afirma que teve crise de bronquite e alergia após uma dedetização feita no local no horário de funcionamento.

Além disso, há denúncias de ameaças psicológicas e constrangimento por parte de supervisores e gerentes, que chamariam funcionários de “burros” e utilizariam advertências e até a ameaça de justa causa como forma de pressão.

Outro ponto levantado é a substituição do plano de saúde dos colaboradores. O benefício anterior, considerado satisfatório pelos funcionários, foi trocado por outro que, segundo eles, seria do filho do dono do mercado, mas oferece atendimento precário e limitado, sem consultas presenciais. “Não pode tirar um plano e colocar outro pior do que já existia”, desabafou um dos trabalhadores.

As denúncias incluem ainda desvio de função, com funcionários sendo deslocados de seus setores para executar atividades sem treinamento adequado. Essa prática, segundo os trabalhadores, contribui para o acúmulo de funções e a falta de limpeza nos espaços comuns.

“Pega gente de setor de padaria e coloca pra fatiar frios, operadora de caixa pra ir pra padaria, faxineira pra entregar compras na rua”, disse o denunciante, que prefere não se identificar.

Há ainda o relato de um episódio em que ele quase foi demitido por justa causa sob acusação de apresentar um atestado médico falso, situação que só foi resolvida após intervenção da administração do UPA, que confirmou a veracidade do documento.

“Foi quando eu precisei de atendimento pois tinha me dado um furúnculo na perna e sem poder nem andar direito, eu andava com muleta, pois o furúnculo era no meio das pernas. Tive que ir lá resolver. É isso q eles fazem com o funcionários!! Só coagir”, completou.

Os trabalhadores afirmam que situações como essas geram desgaste físico e psicológico, além de expor todos a riscos de saúde.

A redação do Portal RC24h entrou em contato com o estabelecimento para averiguar as denúncias e pedir um posicionamento, mas não obteve retorno.

Sabrina Sá
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