O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realiza uma operação, na manhã desta sexta-feira (9), para combater um esquema de pirâmide com criptomoedas. A ação, chamada Novo Egito, é um desdobramento da operação Kryptos, que prendeu Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como Faraó dos Bitcoins, em agosto do ano passado.
Foram expedidos 12 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão, a serem cumpridos na Região dos Lagos e na Região Metropolitana do Rio, além de bairros da Zona Oeste da capital fluminense, como Jacarepaguá e Barra da Tijuca. Entre os alvos, está a delegada Daniela dos Santos Rebelo Pinto.
Segundo as investigações do Gaeco, ela é suspeita de receber propina de Glaidson quando estava na Delegacia de Defraudações (DDEF) da Polícia Civil. De acordo com as investigações da Polícia Federal, o esquema movimentou cerca de R$ 38 bilhões.
Durante as investigações, o Gaeco descobriu o envolvimento do Glaidson com assassinatos na Região dos Lagos. Em abril deste ano, ele e outros 11 réus participaram de uma audiência em São Pedro da Aldeia sobre a morte do investidor Wesley Pessano, em julho do ano passado.
No total, são 17 investigados. Destes, 12 possuem mandados de prisão contra eles. Outros possuem mandados de busca e apreensão.
Glaidson se tornou réu na Justiça com outros 16 denunciados por participar de um esquema ilegal de investimentos em criptomoedas. Eles respondem por crimes contra o sistema financeiro nacional, como gestão de organização financeira sem autorização, gestão fraudulenta e organização criminosa.
A GAS, empresa de Glaidson, prometia lucros de 10% ao mês para as pessoas que investiam o dinheiro com eles.
*Com informações do G1.